Segundo a ONG Onda Limpa para Gerações Futuras, entre os dias 2 de junho e 11 de julho, 32 tartarugas marinhas verdes morreram no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, no trecho entre a Praia de Itapuama e a Praia de Gaibu. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (15).
O biólogo Felipe Brayner, de 40 anos, é o integrante da ONG que denunciou o número como atípico e que é responsável por fazer o monitoramento voluntário desses animais.
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"Não tenho o controle de todos os animais. Com certeza, esse número é muito mais alto. Dependo de um triciclo e outros objetos para cobrir todo o município do Cabo de Santo Agostinho, fica quase impossível", afirma.
Segundo o biólogo, a maior parte (88%) das 32 mortes notificadas na área é causada pela asfixia dos animais ao ingerir plásticos jogados no mar.
"O alimento preferido das tartarugas são águas-vivas. O plástico simula o mesmo movimento dentro do mar e acaba confundindo esses animais", diz.
Felipe Brayner conta que a espécie verde é mais vulnerável, pois fica na parte costeira e acaba sendo mais atingida. Outra causa da morte das tartarugas é a pesca predatória.
"Por que preservar? Por que não descartar o lixo? As pessoas precisam aprender a viver sem tomar o espaço dos bichos", declara.
Para o biólogo, a conscientização é uma das ferramentas para evitar as mortes. "Poderiam ser feitas ações em escolas estaduais e municipais e em colônias de pescadores, para ensinar técnicas de colocação de redes. Mas eu acho que o trabalho mais importante é com as crianças, com as futuras gerações", afirma.
Procurada pelo G1, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) informou que não contabiliza dados de mortes de tartarugas marinh