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Dono de lanchonete diz que cliente recusou entregador por ele ser negro

Por mensagem, moradora ainda pede que seja enviado um motoboy branco, em Goiânia: 'Não vou permitir esse macaco'

O dono de uma hamburgueria de Goiânia denuncia que uma cliente não deixou o entregador entrar no condomínio de luxo em que ela mora por o funcionário ser negro. Nas mensagens enviadas por um aplicativo, a mulher escreveu que deveriam mandar um motoboy que fosse branco: "Eu não vou permitir esse macaco". O comerciante disse que vai registrar o caso na Polícia Civil.

Como o nome da cliente não foi divulgado, o G1 não conseguiu localizá-la para que se posicione sobre a denúncia.

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O caso aconteceu na noite de domingo (25). A equipe da sanduicheria entrou em contato com a cliente, por meio de mensagem, para pegar a quadra e o lote exatos, pois o endereço não estava completo. Na conversa, quando a gerente pede para a moradora autorizar a entrada do entregador, ela se recusa.

"Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Mandar outro motoboy que seja branco", escreve a cliente.

A gerente, então, negou o pedido. Em seguida, a moradora chama o entregador de macaco.

Diante das mensagens, a gerente diz que não é tolerado o racismo na sanduicheria e que o pedido não será entregue. "Adeus. Não uso restaurante judaico", finalizou a cliente na mensagem.

Motorista abalado

Por sua vez, o entregador que foi alvo das mensagens, Elson Oliveira, de 39 anos, conta que tem 12 anos de profissão e que nunca tinha passado por uma situação como essa.

"Todos são iguais. Dói muito saber que ainda tem gente com capacidade de agir assim com as pessoas", lamentou o motociclista.

O aplicativo Ifood informou que já identificou a usuária agressora e a baniu imediatamente da plataforma. "A empresa presta solidariedade ao entregador e está em contato para oferecer apoio psicológico", diz a nota.

Denúncia

O dono da hamburgueria, Éder Leandro Rocha, disse que o caso será registrado na Polícia Civil nesta terça-feira (27). O nome da cliente não foi divulgado, pois eles esperam que a investigação aponte se as mensagens foram enviadas realmente pela cliente ou se foram respondidas por outra pessoa como forma de prejudicar a moradora do condomínio.

"Foi a primeira vez que teve um caso assim. No início, achamos que pudesse ser um trote. Nós ficamos muito sem reação, sem saber como falar para nosso entregador na porta o que tinha acontecido. Mas a gente acabou tendo que contar. Ele ficou o resto da noite triste", disse o dono do estabelecimento.

O proprietário contou ainda que filmou a conversa no aplicativo como forma de guardar provas sobre o caso.

"A gente só divulgou porque esses atos não podem ficar impunes", afirmou.

O Ifood informou ainda que repudia qualquer ato de discriminação racial e preza pelo respeito à diversidade. A empresa orientou o dono a registrar um boletim de ocorrência.

"Ao receber qualquer tipo de relato como este, o iFood apura as ocorrências e, quando comprovado o descumprimento dos termos e condições de uso, desativa o cadastro dos envolvidos", completou o comunicado.

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