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Doleiro Dario Messer é condenado a mais de 13 anos de prisão em regime fechado

É a primeira condenação do 'doleiro dos doleiros' na Lava Jato; ele se comprometeu a devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos

Conhecido como o "doleiro dos doleiros", Dario Messer foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado no processo da Operação Marakata, desdobramento da Lava Jato no Rio, pelo crime de lavagem de dinheiro. É a primeira vez que Dario Messer é condenado na Lava Jato. Ele foi absolvido da acusação de evasão de divisas.

A sentença foi publicada nesta segunda-feira (17) pelo juiz Alexandre Libonati, da 2ª Vara Federal Criminal do Rio. O juiz não permitiu que Messer recorra em liberdade, e determinou a expedição de mandado de prisão após a pandemia da Covid-19.

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?Nego ao réu o direito de apelar em liberdade na medida em que respondeu preso ao presente processo, inexistindo circunstâncias modificadoras do quadro fático que ensejou a prisão preventiva. Conforme já exaustivamente apreciado ao longo da tramitação, o réu dispõe de condições financeiras, possui cidadania paraguaia, esteve foragido por meses e, quando preso, portava documento falso para dificultar sua identificação e prisão.?

Em nota, a defesa de Dario Messer informou que foi celebrado um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal e com a Polícia Federal, já homologado pela justiça.

A defesa diz ainda que "a sentença proferida nos autos da operação Marakata se embasou, dentre outras provas, no depoimento prestado por Dario, a comprovar a eficácia e relevância dos dados apresentados pelo colaborador".

A nota conclui informando que Messer "permanece à disposição da justiça e colaborando com as autoridades brasileiras".

Réu em outras ações

Messer ainda é réu em outras duas ações penais, decorrentes das operações Câmbio, Desligo e Patrón, que tramitam na 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Na última quarta-feira (12), mesmo dia em que teve a delação premiada homologada, o doleiro foi reinterrogado no processo da Operação Marakata e mudou a versão dada no primeiro depoimento.

No interrogatório, pela primeira vez, Messer confessou que realmente foi o "dono" da mesa de câmbio paralelo operada pelos doleiros Vinicius Claret, o Juca Bala, e Cláudio Barboza, o Tony, no Uruguai.

A operação Marakata foi realizada em setembro de 2018, e prendeu 5 pessoas de forma preventiva.

Segundo as investigações, a empresa Comércio de Pedras O. S. Ledo usou os serviços de Messer para enviar ilegalmente 44 milhões de dólares ao exterior, entre 2011 e 2017.

O Ministério Público Federal (MPF) apontou que os doleiros Juca Bala e Tony, que trabalhavam na mesa de câmbio de Dario Messer no Uruguai, abriram contas no Panamá para receber pagamentos da empresa, que vendia esmeraldas e pedras preciosas para empresários indianos.

As pedras eram extraídas de minas de Campo Formoso, na Bahia.

Segundo a denúncia, os dólares ocultos no exterior eram trazidos para Brasil, mas não eram declarados. O MPF ainda diz que o dinheiro era utilizado para pagar garimpeiros e atravessadores com os quais a empresa negociava as pedras.

As investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro apontam que o esquema de câmbio paralelo ? chefiado por Messer ? movimentou US$ 1,6 bilhão em operações ilegais de câmbio em 52 países.

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