Os investigadores do caso de envenenamento em Torres (RS) que resultou na morte de três pessoas e na internação de outras três descobriram que a principal suspeita, que está presa, pesquisou por “arsênio” no Google. A escolha com certeza lhe rendeu muitos resultados, pois o “rei dos venenos”, como é apelidado, é uma referência popular na ficção e na realidade – responsável por incontáveis mortes ao logo da história humana.
Usado na agricultura e – antes do reconhecimento de seus riscos – em produtos de uso humano, como cosméticos, o arsênio ficou famoso para assassinatos por ser considerado forte e discreto, difícil de identificar. Por essas características, é um veneno muito presente na literatura, sendo um dos favoritos da mestre da ficção policial inglesa Agatha Christie (1890-1976) para matar os personagens de seus romances.
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E muitos assassinatos reais também são creditados a esse veneno. Há a suspeita, inclusive, de que ele pode ter sido usado para matar o conquistador e imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) quando ele estava no exílio. Na época, porém, não existiam exames para identificar esse tipo de envenenamento e nenhum suspeito foi apontado. Testes posteriores em cabelos de Napoleão, no entanto, teriam encontrado grandes concentrações do veneno.
O arsênio é um metal naturalmente presente em fontes de água e em alimento, como peixes, mariscos, e carne. Ele existe na forma orgânica ou inorgânica, sendo essa segunda a mais tóxica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição prolongada a esse elemento pode causar sérios danos à saúde, incluindo câncer, doenças cardíacas, diabetes, problemas no desenvolvimento e danos ao sistema nervoso.
Os sintomas de intoxicação incluem vômitos, dores abdominais e diarreia, podendo levar à morte.
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