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Comércio de flores tenta salvar o dia das mães em meio à crise

Estimativa é de perda de R$ 400 milhões para produtores, atacadistas e varejistas com lojas fechadas

Faltam duas semanas para o dia das mães. A data, esperada com ansiedade pelo setor de flores e plantas ornamentais, virou fonte de muita preocupação.

Com lojas fechadas nas cidades onde há quarentena e o consumidor retraído, a estimativa é de perda de R$ 400 milhões de reais para produtores, atacadistas e varejistas. Os empresários estão se movimentando para tentar se salvar desse pesadelo.

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Toneladas de flores prontas para serem colhidas e vendidas. Milhões de reais investidos, 210 mil empregos diretos. O dia das mães é considerado o natal do comércio de flores, mas a pandemia do coronavírus mudou o cenário inteiro.

"Para ele ter essa produção toda, ele investiu todo o seu giro e toda a sua reserva em embalagens, mudas, todos os custos relativos à produção. Agora ele ta com esse produto pronto, a ponto de venda. E precisa achar uma forma de escoar essa produção", diz Renato Optiz, diretor do Ibraflor.

O resumo feito pelo diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura, o Ibraflor, é o retrato de uma grande crise.

A família do empresário Nelson Daike produz flores há mais de 50 anos, e nunca viu uma crise como esta. Com as floriculturas fechadas por causa da pandemia, o faturamento despencou e ele já teve que demitir 45 pessoas.

Para driblar a crise, o empresário diz que está vendendo para condomínio, por site e buscando parceiros pra fazer um pouco da venda e que o faturamento caiu mais de 80%.

As flores para o dia das mães já tinham sido todas plantadas quando a quarentena começou - cerca de quatro milhões de pés. Prejuízo de quase R$ 400 mil só com essa data comemorativa.

Daike já fez um empréstimo no banco para cobrir custos e tentar sobreviver. "O problema da crise é o tempo que ela vai durar. Se falasse assim, vai durar 3 meses, a gente preparava tudo. O duro é essa incerteza. Fora a crise econômica que vai dar. As pessoas não vão consumir", explica o empresário.

"Por isso é muito importante que as próprias entidades governamentais intercedam e colaborem com linhas de crédito mais baratas, prorrogação de prazos de financiamento, porque isso com certeza até para o próprio governo vai sair mais barato", explica Optiz.

A recomendação do Ibraflor é buscar canais de venda online o mais rápido possível. "Se um produtor, ele ta muito próximo ao centro de consumo e tem a sua rede de contatos, ele pode fazer esse serviço. Agora, em distâncias maiores, o que nós recomendamos é que eles se unam e se associem às cooperativas, trabalhem de forma conjunta, porque eles com certeza saem fortalecidos nessa situação", recomenda Optiz.

Para algumas pessoas é hora de ganhar mercado. O dono de uma floricultura conseguiu triplicar as vendas depois da pandemia do coronavírus. "Baixou-se o preço e nós, de nossa parte também fizemos o mesmo, baixamos o preço pra poder ganhar no volume de vendas", diz o empresário Clovis Souza.

Para o dia das mães, a plataforma do Clovis prevê mais de 60 mil pedidos, 40% deles de novos clientes. O empresário dá a dica: faça parcerias com outros negócios, junte-se ao que está bombando - o delivery.

"Pega os deliverys da sua cidade, faz um encarte dando desconto de 20%, ou ganhando em dobro, compra 12 ganha 24, fazendo uma promoção. Tem que fazer uma comunicação pra chegar na casa das pessoas. E o que tá chegando agora na casa das pessoas é o delivery", indica Clovis.

E acima de tudo, faça o consumidor ver como o seu produto pode trazer alegria nessa época de incertezas.

"A flor, nesse momento, ela tem um aspecto fundamental, porque ela é cor, é vida. Então isso serve até como uma fonte de energia pras casas. A gente pode ate se surpreender, de certa forma, porque imagina quantas filhas e filhos não vão poder abraçar sua mãe, porque as mães tão em total isolamento. A gente acredita e vai trabalhar muito forte nesse sentido, finaliza Optiz.

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