Com manchas de óleo, soltura de tartarugas na Bahia é suspensa

"A medida é desde quinta, quando identificamos uma grande quantidade de óleo. A gente não pode soltar porque não sabemos como está o comportamento do óleo do mar. Os filhotes são mais suscetíveis ao óleo. Se eles interagirem, eles morrem. Estamos adotando essa medida para que eles não morram. Não existe um prazo para voltar a soltar os animais. Para a gente começar a voltar com a rotina, precisamos esperar saber o que é, para começar a liberar", afirmou.

O engenheiro disse também que muitas tartarugas acabam passando pelas manchas de óleo para desovar, o que pode causar problemas. E, no caso dos filhotes, esse contato pode provocar a morte.

"A maior preocupação é com os ninhos que ficam ao longo da praia. Nossa operação também é evitar que esses filhotes nasçam e vão até mar. A gente não mexe nos ninhos, mas estamos monitorando. Isso é uma das grandes preocupações da equipe", completou.

O engenheiro disse que ainda não há registro de mortes desses animais em função do óleo. Apesar disso, ele não descarta a possibilidade.

"Ainda não há registro de mortes por isso. Estamos investigando para saber como está. Provavelmente, alguma coisa deve aparecer. Pode aparecer animais mortos por isso, mas ainda não temos. Precisamos investigar", completou.

As manchas de óleo que atingem o mar no Nordeste chegaram ao litoral norte da Bahia, na quinta-feira. Há ao menos quatro pontos de contaminação. Dois deles ficam na cidade de Jandaíra: os povoados de Mangue Seco e Coqueiro. Os outros são na localidade de Siribinha, no município de Conde, e na cidade de Esplanada.

Ainda não há detalhes sobre o tamanho da área afetada e nem de perda de espécies na região. A lista completa de municípios e praias atingidos está disponível no site do Ibama.