Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Com ampliação de leitos, sistema de saúde do AM 'desafoga' com novo fluxo

Amazonas registra 1.413 óbitos pelo novo coronavírus e, mais de 20 mil pessoas infectadas em todo estado

O sistema de saúde pública da capital amazonense teve um aumento de mais de 65% dos leitos em pouco mais de dois meses. As instalações "desafogaram" o sistema, que viveu semanas intensas de um colapso iminente na saúde, com quase 100% dos leitos ocupados. Atualmente, a taxa de ocupação é de 82%. Nesse intervalo, o Amazonas saltou de um para mais de 20 mil casos de contaminados por Covid-19, com mais de 1,4 mil mortos pela doença.

O cenário da rede de saúde, que já teve cenas caóticas como um vídeo que mostrava respiradores quebrados, caixão no corredor e salas lotadas, há alguns dias é mais tranquilo. A movimentação nas unidades públicas não chegou a ter uma queda, mas passou por um "redirecionamento de fluxo de pacientes", o que aliviou a alta demanda em hospitais que não estavam plenamente capacitados para o tratamento da Covid-19.

Leia também

Na manhã desta segunda-feira (18) o G1 esteve no 28 de agosto, o principal hospital público do estado - apesar de não ser referência para coronavírus. Lá, cenas antes comuns já não fazem mais parte da rotina "por enquanto", diz uma funcionária que não quis se identificar.

Não há aglomeração na entrada e houve redução na ocupação dos leitos. A mesma cena se repete em outras unidades de saúde, de menor ou maior escala - tanto na rede municipal como na estadual. A "queda" no movimento é reflexo de um aumento expressivo no número de leitos distribuídos em hospitais de referência para Covid-19.

A coordenação do Hospital 28 de Agosto afirmou que nos últimos dias houve uma "aliviada" em relação ao fluxo de pacientes. Nesta manhã, por exemplo, além de baixa movimentação na tenda de triagem de pacientes, não havia movimentação de agentes funerários - cena praxe na capital desde a chegada da pandemia.

A redução no fluxo de pacientes tem ligação direta com a ampliação de 65,7% do número de leitos na rede estadual, comparado com os 639 leitos do início da pandemia. Segundo o governo, agora, são 1.138 leitos para Covid-19.

Dos 1.138 leitos da Covid-19:

são 816 leitos clínicos

243 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

79 de Sala Vermelha

A medida de remanejamento dos pacientes e ampliação dos leitos é citada, inclusive, como um dos principais fatores que justificam a queda no número de mortes em Manaus no início de maio por um estudo realizado pela Universidade Federal do Amazonas.

Segundo os matemáticos que observam a curva da capital, além do distanciamento social e do uso obrigatório de máscaras, a "melhor capacidade de atendimento médico nos hospitais da capital (aumento de leitos, melhor fluxo organizacional, entre outros...) é citada como fator por ter salvo, em estimativa, 2.500 vidas em Manaus.

Ainda conforme a Susam, no Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz - referência para Covid-19 - houve uma ampliação de 72% na quantidade de leitos. No começo da pandemia, a unidade contava com 205 leitos. O número subiu para 352. Em relação a UTIs, a quantidade saltou de 50 para 91, além de 12 leitos para pacientes críticos na sala vermelha.

Por conta da ampliação, houve alta de 106% nos leitos com suporte avançado de vida - diferente de UTI - na unidade, onde a oferta de leitos clínicos também evoluiu (60,6%), saindo de 155 para 249.

O G1 também esteve nesta segunda-feira (18) no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo e constatou uma redução de fluxo de pacientes na recepção da unidade. Ao lado de fora, na tenda de triagem, a técnica em enfermagem Noélia Gonçalves comentou sobre o "desafogamento dos hospitais".

"Realmente, estamos presenciando uma queda nos últimos dias, mas pode ocorrer instabilidade", disse, ao contar que, em um plantão no final de semana, chegou a atender 11 pacientes, número muito menor que a frequência das últimas semanas.

Dados do governo informaram que no início da pandemia, o Hospital Platão Araújo contava com 84 leitos clínicos para Covid-19, agora possui mais 21 leitos exclusivos de UTI e quatro de sala vermelha.

Internações no Amazonas

Entre os casos confirmados de Covid-19, há 582 pacientes internados, sendo:

369 em leitos clínicos (58 na rede privada e 311 na rede pública)

213 em UTI (88 na rede privada e 125 na rede pública).

Ainda de acordo com o governo, há ainda outros 581 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses:

417 estão em leitos clínicos (95 na rede privada e 322 na rede pública)

164 estão em UTI (44 na rede privada e 120 na rede pública).

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas