O Centro Brasiliense de Defesa dos Direitos Humanos entrou com representação no Ministério Público do Distrito Federal e Teritórios (MPDFT) contra o pastor André Valadão. O religioso é líder da Lagoinha Orlando Church, nos Estados Unidos, e é acusado de atacar a comunidade LGBTQIA+.
No documento, o centro pede que o MP oriente o pastor a apagar a postagem das redes sociais, “contendo discurso de ódio”; que suspenda as redes da Igreja Lagoinha “até que ocorra uma manifestação pública de retratação e um compromisso concreto de combater a discriminação contra pessoas LGBTQIA+”; e que a igreja divulgue conteúdos de combate à discriminação contra pessoas LGBTQIA+ nas redes e em seus eventos e cultos.
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O pedido foi encaminhado ao Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) do MPDFT. Além do centro, diversas celebridades e outros pastores se posicionaram acerca das falas de Valadão.
Entenda a polêmica
O pastor tem disseminado uma pregação com chamada “Deus odeia o orgulho”, alegando que não se pode deixar “normalizar o que para o cristão genuíno é pecado”.
Em uma publicação no seu perfil do Instagram, Valadão afirma que “irá usar a BÍBLIA para meditar sobre a verdade nas escrituras em relação a cultura LGBTQIA+, que influencia a vida do crente em Jesus”, durante todos os domingo de junho.
“Vamos meditar na Bíblia que é o firme fundamento para seguir a Jesus e ser SALVO”, completou, citando ainda um versículo bíblico, Romanos 1:16: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”.
No post, internautas reagiram negativamente ao discurso do religioso: “Com tantos assuntos a serem abordados pela igreja, a bandeira LGBTQIA+ virou pauta?”, “Os que mais são contra são os que mais pecam às escondidas… lamentável!”, “Um monte de pastor metendo galha na esposa, agredido fisicamente e verbalmente, fora aqueles que dizem não ser mas são e esses não vão para o inferno?” e “O famoso pastor que prega o ódio entre as pessoas e o amor ao dinheiro”, foram alguns dos comentários.
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