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Cearense posa com pá e vassoura em fotos de formatura para homenagear mãe

Jamille vai se formar em janeiro em Gastronomia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) do Campus Baturité


			
				Cearense posa com pá e vassoura em fotos de formatura para homenagear mãe
Maria da Conceição, de 54 anos, trabalha como diarista para sustentar os cinco filhos, no CE. L2 Formatura/Divulgação

A estudante de gastronomia Jamille Bezerra, de 28 anos, se forma em janeiro de 2025, mas suas fotos de formatura - feitas em 7 de dezembro - já emocionaram a web. Isso porque a jovem levou uma pá e uma vassoura para a sessão de fotos, com o objetivo de homenagear sua mãe, de 54 anos, que é diarista.

"Eu estou estudando, tendo o privilégio de apenas estudar, por conta do trabalho dela. A gente que veio de baixo, de escola pública, tem o privilégio de apenas estudar, sabe que por trás tem alguém. E minha mãe é fundamental, não só na minha vida acadêmica, mas fundamental como um todo", contou Jamille ao g1.

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A estudante de gastronomia Jamille Bezerra, de 28 anos, se forma em janeiro de 2025, mas suas fotos de formatura - feitas em 7 de dezembro - já emocionaram a web. Isso porque a jovem levou uma pá e uma vassoura para a sessão de fotos, com o objetivo de homenagear sua mãe, de 54 anos, que é diarista.

"Eu estou estudando, tendo o privilégio de apenas estudar, por conta do trabalho dela. A gente que veio de baixo, de escola pública, tem o privilégio de apenas estudar, sabe que por trás tem alguém. E minha mãe é fundamental, não só na minha vida acadêmica, mas fundamental como um todo", contou Jamille ao g1.

"Cresci com uma mãe solo, então ela é minha referência. Minha escolha de curso veio por conta dela, porque além de ser diarista, ela também é cozinheira. Cresci vendo ela cozinhar, então o amor pela cozinha veio através dela", disse Jamille.

A ideia surgiu de uma referência parecida que a estudante viu nas redes sociais. Ela irá se formar pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) do Campus Baturité. Jamille é a primeira pessoa da família a estudar em um órgão federal e conta ter visto sua mãe sofrer muito preconceito pela profissão e por ser mãe solo:

"(A homenagem) foi para dizer que tenho orgulho dela. Tenho muito orgulho das minhas origens, da profissão que ela exerce. Eu sei que é uma profissão muito pesada (...) muito desvalorizada. Tem um preconceito quando você fala que é diarista. Queria deixar claro para minha mãe que eu sempre tive orgulho dela", emocionou-se a jovem.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil tem quase 6 milhões de trabalhadores domésticos. A lei que garante os direitos trabalhistas a empregados domésticos completou 11 anos em abril de 2024.

Apesar dos avanços, ainda existem muitos desafios. Jamille, ao fazer a homenagem para a mãe, também quis passar uma mensagem para outras trabalhadoras:

"Eu cresci com a minha mãe sendo empregada doméstica. Em 2018 ela virou diarista. Sempre tive orgulho, porque sei que é um trabalho digno, apesar de pesado. Eu sempre olhei com admiração você sair de sua casa para cuidar da casa dos outros. (...) A gente precisa ter um olhar mais humano, com mais respeito".

O plano, para depois que entregar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e se formar, é trabalhar e mergulhar no mundo acadêmico. Jamille sonha em ser professora universitária.

"Sou uma mulher, filha de mãe solo, oriunda de escola pública: o cenário diz que eu tenho que me contentar com pouco, mas minha mãe me ensinou que o pouco nunca me coube. Passei por dificuldade, ainda estou passando por dificuldade, mas ão me apeguei a isso. O impossível só existe se você quiser", concluiu a jovem.

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