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Caso Miguel: funcionário que ajudou a resgatar menino presta depoimento

Gerente de operações do edifício, Tomaz Silva diz que cena foi 'muito chocante'

O gerente de operações do edifício Pier Maurício de Nassau, Tomaz Silva, compareceu à delegacia de Santo Amaro, no Centro do Recife, nesta sexta-feira (12), para depor sobre a queda de Miguel Otávio, de 5 anos, do 9º andar do prédio, em 2 de junho. "Foi uma cena muito triste, muito chocante", afirmou, dizendo também que qualquer um poderia ter entrado no local de onde o menino caiu.

"A terceira pessoa a chegar para fazer a massagem fui eu. Infelizmente, senti a criança indo embora. Eu fiquei segurando a mão dele, dizendo que a gente ainda ia jogar muito futebol. Com mais ou menos um minuto, dois, ele começou enfraquecer", recordou.

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Miguel Otávio era filho da empregada doméstica Mirtes Renata Souza e estava aos cuidados da patroa, a primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, quando caiu de uma altura de 35 metros. A mãe dele tinha descido para passear com o cachorro dos patrões quando tudo aconteceu.

Também nessa sexta-feira (12), foi depor na mesma delegacia a manicure, que ficou no apartamento com Sari enquanto Mirtes passeava com o bicho de estimação dos patrões. O ex-síndico do prédio e o porteiro foram ouvidos na quarta-feira (10). Na ocasião, o ex-síndico Carlos Lopes relatou que o prédio seguia todas as normas de segurança necessárias.

O funcionário do condomínio disse acreditar que havia condições de uma criança pular do local de onde Miguel estava, uma área destinada aos condensadores de aparelhos de ar-condicionado.

"Eu digo que qualquer um que queira entrar ali e pular, vai entrar e pular. Porque, na hora de entrar para fazer uma limpeza, um adulto entra ali para fazer. [...] A criança era muito ativa. Eu tenho filhos, netos, e acho que a criança teria, sim, condições de entrar ali. De repente, aconteceu essa fatalidade", afirmou Silva.

Ainda de acordo com o gerente de operações do edifício, a criança ia ao edifício com certa frequência. "De vez em quando ele ia ali no apartamento, segundo zeladores, porteiros que trabalham lá. Eles disseram que ele ia lá quase que sempre com a mãe", disse.

O funcionário do Pier Maurício de Nassau relatou que Sari Corte Real aparentava tranquilidade durante os primeiros socorros. "Eu achei dona Sari uma pessoa muito tranquila. Na hora de prestar o socorro, ela que se ofereceu. Depois que eu prestei os primeiros socorros, um médico chegou e disse 'socorre a criança, que ela não está reagindo' e ela [Sari] disse 'socorre no meu carro'", afirmou.

"Eu quero saber o que foi que houve, principalmente porque eu tenho minha responsabilidade dentro do condomínio. Eu quero esclarecer aqui que não estou defendendo partes", declarou.

Ainda de acordo com Silva, não há obrigatoriedade para instalar telas de segurança. "Não existe lei para regulamentar aquela tela. O morador é que decide. O que eu quero saber é o seguinte: como é que não é obrigado [ter tela], se depois do acidente eu tenho que fazer um levantamento de todas as áreas que não consta a tela? A partir do momento que me pedem para fazer um levantamento, alguma coisa ficou no ar", afirmou.

Cartas

Na quarta-feira (10), a mãe de Miguel, a doméstica Mirtes Renata, enviou uma carta em resposta a um texto divulgado por Sari. O advogado da primeira-dama de Tamandaré disse, na ocasião que "uma mãe pode falar tudo, especialmente diante de um cenário de tragédia".

Na mensagem, Mirtes contou não ter recebido nenhum pedido de desculpas e que "o pedido de perdão foi dirigido à imprensa". A carta de Sari foi divulgada no dia 6 de junho.

Caso Miguel

Quando caiu do prédio, Miguel estava sob os cuidados de Sari Corte Real, já que a mãe dele havia descido do apartamento para passear com uma cadela. Por meio de imagens das câmeras de segurança do elevador, é possível ver que o menino entrou sozinho e foi seguido por Sari.

A ex-patroa parece apertar um botão no alto e, em seguida, o elevador se fecha. Não é possível ter certeza que o botão foi acionado. Miguel já havia apertado outros botões antes.

O elevador para em um dos andares, mas a criança não desce. Ao chegar ao 9º andar, a porta se abre e Miguel sai do elevador. De acordo com a perícia feita no dia do acidente, o menino caiu de uma altura de 35 metros. Segundo Mirtes, ele estava respirando quando ela o encontrou.

A criança foi levada ao Hospital da Restauração, na área central do Recife, mas não resistiu. Mirtes pediu demissão após o ocorrido.

Sari foi presa em flagrante e liberada após pagamento de fiança de R$ 20 mil. Ela vai responder por homicídio culposo, por ter agido com negligência, segundo a Polícia Civil.

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