Imagens feitas por uma câmera de segurança mostram a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, chegando em um posto de combustíveis em Nova Granada (SP), onde parou para abastecer, antes de ser morta pelo homem a quem tinha dado carona (veja acima). A jovem havia combinado o trajeto com o criminoso, de São José do Rio Preto (SP) a Itapagipe (MG), em um grupo de WhatsApp.
Kelly estava desaparecida desde a noite de quarta-feira (1º), mas seu carro foi encontrado pela polícia em estrada rural entre Rio Preto e Mirassol. O corpo da vítima foi encontrado em um córrego entre as cidades de Frutal e Itapagipe, no Triângulo Mineiro, na quinta-feira (2).
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Na imagem é possível ver o carro de Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, chegando ao posto. Ela desce do veículo e vai até a loja de conveniência. Enquanto isso, o suspeito, que foi preso nesta quinta-feira, fica ao lado do carro conversando com o frentista. O suspeito estava foragido desde março de um presídio em Rio Preto e responde por outros oito crimes.
A imagem foi feita às 19h15 de quarta-feira (1º), momento em que a família disse ter tido o último contato com a jovem. Depois disso, Kelly e o suspeito seguiram viagem até a cidade mineira.
Kelly era de Guapiaçu (SP) e ofereceu carona em um grupo pelo WhatsApp. A vítima pegou o suspeito em São José do Rio Preto e eles seguiram para a cidade mineira. A princípio, uma mulher também iria na mesma carona, mas apenas o suspeito apareceu.
No celular da irmã, tem a última conversa que Kelly com ela. A vítima manda uma resposta quase 19h30. Pouco depois das 21h a irmã pergunta se ela já chegou e já não teve retorno.
Namorado alertou
O namorado da radiologista, o engenheiro civil Marcos Antônio da Silva, chegou a demonstrar preocupação com a viagem, mandando mensagens no celular. Em uma delas, pediu para ela ter cuidado.
O engenheiro relatou que, durante as últimas mensagens trocadas com Kelly, na noite de quarta, a jovem escreveu, por volta de 18h35, que estava iniciando a viagem e que uma menina havia desistido da carona.
Já às 19h23, ela voltou a enviar notícias, comunicando que estava abastecendo o veículo. A última vez que Kelly mandou mensagem pelo aplicativo foi às 19h24.
"Ela era acostumada a viajar e compartilhar carona e, geralmente, me mandava foto de quem era a pessoa que iria acompanhá-la. Dessa vez, como foi uma moça que ligou para ela combinando por telefone, não tinha imagens. Na ligação, ela me contou que iria esta moça e o namorado dela, mas, na hora de embarcar, só o rapaz apareceu", contou o engenheiro civil.
O caso
Kelly desapareceu na quarta-feira depois de combinar uma carona num grupo de WhastApp com destino a Itapagipe. O corpo dela foi encontrado numa área rural entre as cidades de Frutal e Itapagipe.
Kelly Cadamuro tinha 22 anos, morava em Guapiaçu e trabalhava em Rio Preto. Segundo a PM, a jovem foi encontrada nua e com sinais de estrangulamento. O carro tinha sido encontrado horas antes em uma estrada rural de Mirassol sem as rodas e o aparelho de som.