Um cabo da Polícia Militar morreu na noite desta quinta-feira (21) após 33 dias internado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP).
Alan Roberto de Freitas Silva, de 35 anos, era de Franca (SP), mas estava em Ribeirão desde o dia 14 de outubro para participar de um curso de especialização profissional da Força Tática, quando passou mal durante uma refeição.
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Freitas chegou a ser socorrido a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas, por conta da gravidade do estado de saúde, foi encaminhado ao HC.
Segundo a mulher dele, Sara Paschoarelli, os médicos disseram que ele teve um rompimento no esôfago e precisaria passar por uma cirurgia de emergência.
À EPTV, afiliada da TV Globo, ela disse que falou com o marido no dia em que Freitas passou mal.
"Na sexta-feira [18 de outubro] foi dando 14h, 15h, ele não me mandou mensagem, não falou se já ia vir ou não, e eu fui estranhando, mandei mensagem 'está tudo bem, você vai vir, que horas'. Aí ele demorou um pouco pra responder e falou 'não, amor, calma, é que eu passei mal, estou aqui na UPA'. Foi explicando meio de leve, 'entalei com a comida, fui comer entalei'".
Sara saiu de Franca para Ribeirão Preto e, ao chegar na cidade, descobriu que Freitas tinha sido encaminhado para a cirurgia.
"A cirurgia foi pra salvar a vida dele, porque ele já chegou lá em estado grave e estava correndo risco de vida. Do dia 20 [de outubro] até ontem, [ficou] sedado".
Em nota divulgada nas redes sociais, o 15º Batalhão da Polícia Militar apenas confirmou o ocorrido e informou que, depois de passar mal, o cabo foi imediatamente socorrido e levado para a unidade de emergência do HC.
Procurada pela EPTV, a Polícia Militar não retornou os questionamentos até a publicação desta reportagem.
Treinamento pesado
Vídeos que circulam na internet mostram como é o treinamento dos cursos de especialização da Força Tática. Os policiais passam por uma rotina intensa de provas físicas e de resistência.
Ainda segundo Sara, antes que o marido fosse sedado, ele contou a ela o que aconteceu no dia em que engasgou com a comida.
"Ele falou que foi comer, eles tinham poucos minutos para comer, e na primeira garfada ele já sentiu que travou a comida, entalou. Já assustou, não chegou a ter falta de ar, mas pediu pra tomar suco, ir no alojamento para poder vomitar".
Ela afirma que Freitas recebeu manobras para desengasgo, mas como a situação dele se agravava, os policiais o levavam para socorro médico.
"Perdi tudo que eu tinha, perdi meu porto seguro. Agora vou ter de aprender a viver sem ele".
O corpo de Freitas é velado na noite desta sexta-feira (22) e deve ser sepultado no sábado (23), no Cemitério da Saudade de Franca.
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