O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela terceira vez nesta quinta-feira (21). A Polícia Federal (PF) concluiu hoje o relatório que apurava a tentativa de golpe de Estado no país após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Além do ex-presidente, a PF concluiu que houve indícios de crime de mais 36 pessoas. O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Entre os envolvidos, estão ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa); o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); e o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, também foi indiciado. O militar presta depoimento nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Crimes atribuídos a Bolsonaro
A PF indiciou Bolsonaro pelos seguintes crimes:
abolição violenta do estado democrático de direito
golpe de estado
organização criminosa
O ex-presidente já havia sido indiciado por organização criminosa nos inquéritos das joias sauditas e da fraude do cartão de vacina da Covid-19. Por golpe de estado e abolição violenta de estado democrático de direito, é a primeira vez.
Joias sauditas
Em julho deste ano, a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.
Neste caso, Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Cartão de vacinação
O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi indiciado em março deste ano por participação em esquema de fraude em registro no cartão vacinal contra a Covid-19.
Mauro Cid, tenente-coronel e ex-assessor de Bolsonaro, também foi indiciado no caso, além de outras 15 pessoas.
O ex-chef do Executivo e Cid foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos.