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Bolo envenenado: sogra diz que era chamada de “Naja” pela acusada

CNN obtém acesso ao depoimento de Zeli dos Anjos, que preparou o bolo de reis que matou três pessoas em Torres, no RS


			
				Bolo envenenado: sogra diz que era chamada de “Naja” pela acusada
Veja envolvidos em tragédia familiar no RS. Foto: Reprodução

Em depoimento à Polícia Civil, Zeli dos Anjos, sogra de Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar a farinha de um bolo de reis que provocou três mortes em Torres (RS), contou um histórico de desavenças e que descobriu que era “chamada de Naja” pela nora.

A CNN teve acesso ao depoimento.

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Segundo investigação da polícia, Zeli seria o principal alvo de Deise. Ela, mesmo consumindo o bolo com arsênio, sobreviveu. A nora teria colocado o veneno (arsênio) na farinha.

“Soube somente agora, através da cunhada Regina, que era chamada assim”, consta no depoimento de Zeli. “Deise se referiu à depoente (Zeli) como ´Naja’ para Regina”.

Ainda segundo depoimento da sogra, Deise nunca a chamou de “Naja” pessoalmente, em referência à serpente.

Ela, contudo, afirmou que Deise tinha ciúmes e “copiava seu jeito de vestir, de se arrumar, comprava sapatos e acessórios iguais”.

O bolo

A sogra explicou no depoimento que decidiu fazer o bolo no dia 23 de dezembro.

“Primeiramente, não queria fazer, mas acabou fazendo porque recordava de Paulo [marido dela, que morreu, segundo a polícia, vítima de leite em pó envenenado por Deise]”, segundo consta no depoimento.

Zeli disse que não recordava se alguém a tinha incentivado a fazer o bolo.

Segundo a sogra, ela acordou no dia 23 e foi ao mercado comprar ingredientes que faltavam: açúcar mascavo, margarina, leite condensado, ovos e passas brancas.

Dos ingredientes que tinha em casa, Zeli afirmou no depoimento que “utilizou a farinha que estava embaixo da pia, passa pretas e frutas cristalizadas”. A sogra afirmou ainda que “esqueceu de colocar fermento no bolo”.

O glacê do bolo “foi feito com o açúcar que tinha em casa”. Durante o preparo, ela afirmou que “não experimentou a massa do bolo, nem sentiu odor diferente.

No entanto, Zeli disse que “achou a farinha estranha”. A sogra conta que “peneirou”, mas pensou que a farinha era de baixa qualidade por ser de doação e de uma marca desconhecida – a doação se refere à ajuda para vítimas de enchentes no RS.

Família

Deise, o marido (Diego, filho de Zeli) e o filho moram em Nova Santa Rita. A sogra tem residências em Canoas e Arroio do Sal. O Natal onde ocorreu a tragédia foi no apartamento de Maida (irmã de Zeli), em Torres.

Além de Maida, outra irmã de Zeli, Neuza, morreu na madrugada do dia 24 de dezembro depois de ingerir o bolo com arsênio. Tatiana, sobrinha, morreu após ser hospitalizada, no dia 25.

O sobrinho-neto, Matheus, e a sogra, Zeli, foram hospitalizados e receberam alta posteriormente.

Depoimento de Diego

A CNN também teve acesso ao depoimento de Diego, que contou que a esposa tinha instabilidades. “Deise sempre foi briguenta, se irritando constantemente com situações pequenas com as outras pessoas”, relatou o marido à polícia.

“Deise vai do 8 ao 80 muito rápido”, disse Diego aos policiais.

O marido ainda relatou sobre um desentendimento com Deise ocorrido no dia 21 de novembro de 2024. “Deise queria que Zeli passasse o Natal com eles (ela, marido e filho), sendo que a sogra queria passar a data com as irmãs dela”, consta no depoimento.


			
				Bolo envenenado: sogra diz que era chamada de “Naja” pela acusada
Foto: CNN

Ainda segundo o relato, Diego saiu de casa e foi para a residência da mãe, em Canoas, retornando apenas no dia 25 de novembro para Nova Santa Rita. “Neste desentendimento, de fato, segurou Deise pelos braços, pois estava jogando as roupas no depoente”, consta.

Diego, porém, disse no depoimento que não acredita que a esposa tenha envenenado a farinha.

Morte do sogro

A polícia também constatou que antes do bolo, Deise matou o sogro, Paulo Luiz dos Anjos, também com arsênio, só que colocado no leite em pó.

A acusada foi presa em 5 de janeiro.

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