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Amapá tem novo apagão total no 16º dia e registra onda de protestos

As treze cidades afetadas voltaram a ficar sem energia na terça-feira (17). Ministério de Minas e Energia diz que investiga as causas

O Amapá registrou um novo apagão total na noite de terça-feira (17), por volta das 20h30, atingindo as 13 das 16 cidades do estado que já estavam com fornecimento racionado por causa do blecaute ocorrido em 3 de novembro.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou que houve novo desligamento no Amapá e que está trabalhando para restabelecer a totalidade das cargas no estado o mais breve possível.

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Moradores de bairros de Macapá relataram que o fornecimento começou a ser retomado por volta de 22h40, mas apresentando oscilações e falhas. Após o apagão, apenas hospitais, órgãos públicos e estabelecimentos comerciais com geradores não tiveram interrupção.

Também em nota, a Eletronorte informou que ocorreu um desligamento da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, que está fornecendo parte do abastecimento ao Amapá, em decorrência de "um evento externo à usina, provavelmente no sistema de distribuição de energia elétrica".

Completou que os técnicos restabeleceram a geração na usina e que o fornecimento começou a ser retomado pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e ONS. Esclareceu também que não é proprietária da distribuição ou transmissão de energia para o Amapá.

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o sistema elétrico apresentou instabilidade e as causas estão sendo investigadas.

A Linhas de Macapá Transmissora de Energia, concessionária responsável pela transmissão no estado informou, em nota, que não há problemas no transformador da subestação na capital que fornece o serviço e que o apagão "deve ser confirmado com as autoridades".

O senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade-AP) disse nas redes sociais que "estamos novamente com apagão total no Amapá". "É urgente um esclarecimento das autoridades responsáveis sobre o que aconteceu neste momento."

Apagão no Amapá

Os problemas no fornecimento de energia iniciaram no dia 3 de novembro, depois que um incêndio atingiu a principal subestação do Amapá. As causas ainda são investigadas. Treze das 16 cidades do estado ficaram completamente "no escuro" por quatro dias.

O ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, chegou a anunciar que o restabelecimento total estava previsto para o último fim de semana, porém a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) planeja que o racionamento dure até 26 de novembro.

A concessionária LMTE responsável pela operação da subestação tinha até a quinta-feira (12) para dar uma "completa solução" para o problema, porém pediu prorrogação do prazo, que foi atendido pela Justiça Federal com data máxima até 25 de novembro.

No dia 7 de novembro, o serviço começou a ser retomado e atualmente a distribuição para 90% da população do estado é através de rodízio, de 3 e de 4 horas.

Soluções temporária e definitiva

Na segunda-feira (16), começaram a ser descarregados 37 geradores termelétricos que devem garantir, de forma provisória, o retorno de 100% do fornecimento da energia elétrica assim que entrarem em operação.

Ainda não há prazo exato para a retomada integral da eletricidade, pois a previsão depende da avaliação técnica das empresas de montagem dos geradores.

Os geradores, que chegaram na segunda-feira vindos de Manaus em balsas, vão gerar 45 megawatts de energia.

Atualmente, o estado gera um total de 210 megawatts, sendo 70 da Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes e 140 megawatts através do sistema da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE).

Para garantir 100% do abastecimento e com segurança de reserva de energia é necessária a instalação de um segundo transformador na subestação que pegou fogo. Atualmente, a estrutura opera com apenas um, também danificado pelo incêndio, mas que foi recuperado no dia 7 de novembro.

A LMTE tinha um terceiro transformador, justamente de reserva, mas o equipamento está em manutenção desde o fim de 2019.

A Rede Globo apurou ainda que, em 5 anos de operação, a subestação que pegou fogo não recebeu uma única fiscalização presencial da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A Aneel esclareceu que a fiscalização do setor de transmissão de energia elétrica ocorre continuamente e tem por base o monitoramento de indicadores de desempenho das transmissoras.

A montagem do novo transformador está prevista para esta semana. Na segunda-feira o equipamento, que pesa cerca de 100 toneladas, começou a ser transportado de Laranjal do Jari, no Sul do estado, numa operação logística que envolve balsas e caminhões.

O parque elétrico de geradores que chega ao Amapá vai continuar no estado mesmo após a recuperação do transformador da subestação, como retaguarda.

Onda de protestos

Após novo blecaute nas 13 das 16 cidades do Amapá, moradores de Macapá e Santana realizaram novos protestos entre 23h30 de terça-feira (17) e 3h desta quarta-feira (18). Segundo a Polícia Militar (PM), foram registradas 9 manifestações nas duas cidades. O estado chega ao 16º dia de apagão.

Um dos protestos ocorreu na Zona Norte da capital, onde os moradores bloquearam em pelo menos dois trechos a Av. Carlos Lins Cortes, a principal via do bairro Infraero 2. A PM também afirmou em nota que fez a dispersão de 3 princípios de manifestações.

O governo federal declarou que investiga as causas do apagão de terça-feira, e que houve atuação ainda durante a noite para o retorno gradual do fornecimento. Moradores da capital relataram que a energia começou a ser retomada por volta de 22h40, mas com oscilações e falhas.

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