A mais antiga instituição cientifica do país, o Museu Nacional, que foi atingido por um incêndio na noite deste domingo (2), guarda em seu acervo mais de 20 milhões de itens. Entre eles, alguns do alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, como o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de "Luzia", que faz parte da coleção de Antropologia Biológica.
Criado por D. João VI em 1818, o museu completou 200 anos em junho deste ano. Logo que foi criado, serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico do país.
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Desde 1892, o museu ocupa um prédio histórico, o palácio de São Cristóvão, que foi doado por um comerciante ao príncipe regente D. João em 1808 e que foi a residência oficial da família real no Brasil entre 1816 e 1821.
Foi também palco para a primeira Assembleia Constituinte da República, de novembro de 1890 a fevereiro de 1891, que marcou o fim do império no Brasil.
Atualmente o Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem um perfil acadêmico e científico.
Acervo
A antiga residência real, onde nasceu D. Pedro II, expõe uma coleção de peças da época do descobrimento do Brasil, em 1500, até a Proclamação da República, em 1889. Entre elas, o Canhão do Meio Dia, de 1858, usado por D. Pedro I e Theresa Christina Maria e o Relógio do Sol.
No museu, é possível conhecer também a sala particular do casal na época, a Sala do Trono e peças utilizadas por D. Pedro II e Theresa Christina em suas pesquisas, como uma múmia que ficava no escritório do imperador.