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'Acertaram ele pelas costas', diz mulher de gari morto no Vidigal

Willian de Mendonça Santos foi enterrado nesta quarta-feira (24); moradores acusam policiais de terem atirado no trabalhador

Nesta quarta-feira (24), o corpo de Willian de Mendonça Santos, o gari comunitário do Vidigal, foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Ele foi morto na última segunda-feira (22) no momento em que policiais militares entraram em confronto com traficantes do Vidigal.

Moradores acusam os policiais de terem matado o Willian. Segundo relatos, o gari estava procurando o filho na favela durante a troca de tiros e foi alvejado por dois disparos.

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"Ele estava na porta de casa quando começou o tiroteio. Ele saiu para buscar nosso filho. Fizeram uma covardia com meu marido. Mataram ele e levaram", disse a esposa de Willian, Carla Esteves de Deus.

"Nossa vida era difícil, mas agora não sei mais o que vai ser. Ele não merecia essa covardia. A gente quer Justiça. Ele era trabalhador. Ele não era bandido. É covardia fazer isso com meu marido. Acertaram ele pelas costas", acrescentou ela, durante o velório.

Rômulo Da Silva Ferreira, cunhado do Wilian, diz que a polícia desfez a cena do crime: "Ele foi atingido duas vezes pelas costas. A família viu que no corpo tinham marcas de estrangulamento. Isso é um absurdo. Eles apresentaram o corpo dele no hospital sem vida. Só que na hora que ele levou o tiro os policiais cobriram o corpo com um lençol e depois levaram ele nesse lençol pro hospital, como se ainda fossem socorrer ele. Eles desfizeram a cena do crime alegando que iriam socorrer. Isso é o que eles fazem toda hora. Esse auto de resistência, que na verdade é uma carta branca pra matar pobre e preto nesse país".

PM diz que encontrou gari baleado

De acordo com a Polícia Militar, os agentes trocavam tiros com bandidos no Vidigal quando encontraram Willian já baleado. Ele foi levado pelos próprios policiais para o hospital. Na porta da emergência, parentes e amigos do gari receberam a confirmação da morte.

A Delegacia de Homicídios (DH) apreendeu as armas dos policiais militares envolvidos no tiroteio que terminou com a morte do gari comunitário. Wilian tinha 41 anos, morava e trabalhava na comunidade.

Na própria segunda-feira, moradores fizeram um protesto na Avenida Niemeyer, no fim da noite, perto do acesso ao Vidigal. A avenida ficou interditada por mais de três horas. Os manifestantes chegaram a atear fogo em objetos no meio da pista. O Batalhão de Choque foi acionado.

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