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VAMOS FALAR SOBRE CÂNCER DE PRÓSTATA?

A prevalência mundial de Câncer de Próstata em homens com idade > 65 anos é de aproximadamente SEIS EM CADA DEZ CASOS. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do Brasil, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Atualmente, é também a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, reafirmando sua importância epidemiológica no país e um grande problema de saúde pública. Porém, se for diagnosticado numa fase precoce, a esperança de vida dos homens com câncer de próstata pode chegar aos 99% durante mais de 10 anos.

Principais fatores de risco:

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  1. Idade - no Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos;
  2. História familiar: pai ou irmãos que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos;
  3. Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal elevado;

Um grande conjunto de evidências apoia a associação entre maior gordura corporal e aumento do risco de uma pluralidade de cânceres, com as evidências mais consistentes para cânceres do sistema digestivo, incluindo esôfago, estômago, colorretal, fígado, vesícula biliar, pâncreas, bem como câncer de rim, endométrio, ovário e câncer de próstata para os tipos histológicos avançados. Com o aumento da prevalência do excesso de peso e obesidade a nível mundial, estima-se infelizmente que evolua a proporção de câncer causado pelo excesso de gordura corporal.

  • A obesidade (diagnosticada pelo IMC = índice de massa corporal > 30 kg/m2) e mais especificamente a obesidade abdominal (diagnosticada em homens pela circunferência da cintura > 102 cm) estão relacionadas à inflamação crônica de baixo grau, que é uma marca importante do desenvolvimento e progressão do câncer. Por exemplo, uma meta-análise recente de 19 estudos de coorte encontrou um aumento de morte por câncer de próstata para cada acréscimo de 5 kg/m2 no IMC.

O excesso de gordura corporal está associado a inúmeras alterações metabólicas e endócrinas que podem contribuir para o desenvolvimento e progressão do câncer. Existem vários caminhos interligados pelos quais o excesso de gordura corporal pode aumentar o risco de câncer, dentre eles os mais estudados são:

  1. redução dos níveis circulantes de adiponectina (uma citocina benéfica sintetizada pelo tecido adiposo. Seus níveis séricos estão inversamente associados à gordura corporal, ou seja, quanto maior percentual de gordura corporal, menor os níveis séricos de adiponectina);
  2. inflamação crónica de baixo grau e estresse oxidativo;
  3. níveis elevados de insulina e fator de crescimento semelhante à insulina I (IGF-1);
  4. aumento dos níveis e biodisponibilidade de hormônios sexuais.
  5. Outros mecanismos biológicos emergentes, ainda não estabelecidos, incluem alterações no microbioma intestinal e nos hormônios intestinais.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer a adoção de práticas saudáveis de mudança do estilo de vida seria essencial para reduzir o risco de várias doenças, inclusive o câncer, tais como:

  1. Ter uma alimentação saudável (evitando o consumo de açúcar, carboidratos refinados, gordura saturada e trans, alimentos embutidos, enlatados e ultra processados e priorizando o consumo de frutas, vegetais, fibras;
  2. manter o peso saudável;
  3. evitar o tabagismo;
  4. evitar consumo de bebidas alcoólicas
  5. Praticar atividade física

Um estudo com mais de 12 mil homens examinou se o risco genético do câncer de próstata pode ser atenuado por um estilo de vida saudável incluindo: peso saudável, exercício regular, não fumar e uma dieta saudável. Os autores concluíram que adesão a um estilo de vida saudável reduziu o risco de metástase e morte por câncer de próstata entre homens com maior risco genético.

Nesse contexto, uma dieta saudável rica em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes tem sido associada a redução do risco de câncer de próstata, assim como melhor prognostico quando a doença já está instalada. Uma pesquisa envolvendo mais de 1 milhão e 200 mil homens que foram acompanhados por um período de 6 a 33 anos encontrou uma associação inversa entre consumo de peixe e mortalidade por câncer de próstata. Além disso, nas análises dose-resposta, cada aumento de 20 gramas/dia na ingestão total de peixe foi associado a um risco 12% menor de mortalidade por câncer de próstata. Essas descobertas apoiam a associação protetora entre a ingestão total de peixe e o menor risco de mortalidade por câncer de próstata.

Os antioxidantes são substâncias capazes de neutralizar a produção de radicais livres e reduzir o ESTRESSE OXIDATIVO. Eles podem ser classificados de acordo com sua fonte: fontes endógenas (internas), como algumas enzimas, e fontes exógenas (externas), como betacaroteno, licopeno e vitaminas A, C e E, selênio entre outros.

Os principais nutrientes e alimentos estudados na prevenção do câncer de próstata são:

  • Licopeno: tomate, molho de tomate com azeite, goiaba, melancia, mamão, morango, toranja, pimentão vermelho, cenoura;
  • Vitamina E – abacate, amendoim, castanha do Brasil, nozes, amêndoas, avela, gérmen de trigo, semente de girassol, azeite, óleos vegetais, alimentos verdes escuros, manga, mamão;
  • Chá verde;
  • Pectina – encontrado na casca e polpa de frutas cítricas, fonte de fibra solúvel;
  • Pomegranate = romã, fonte de antioxidantes;
  • Vitamina D – gema do ovo, salmão, atum, sardinha, fígado, óleo de fígado de bacalhau, alimentos fortificados com vitamina D, exposição ao sol.

O mês de novembro é especial para colocar a pauta em discussão, mas as ações de prevenção ao câncer de próstata e os cuidados com a saúde masculina devem permanecer o ano todo. Além de fazer a prevenção da doença através da adoção de um estilo de vida saudável, procurar um médico para fazer os exames preventivos e de rastreamento torna-se essencial.

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*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

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