Após um longo período de enfrentamento da pandemia e o avanço da vacinação, a vida começa aos poucos a ser retomada à normalidade. Quase dois anos de mudanças extremas na rotina pessoal e profissional, nas relações e forma de viver, os impactos psicológicos estão sendo cada vez mais percebidos.
A forma de enxergar a vida mudou e alguns a percebem com maior ou menor intensidade. A quarentena, o isolamento social e a ameaça da contaminação do vírus, juntamente com o sofrimento do luto, perdas, crises e adiamento de planos trouxe um contexto desafiador e muitos problemas surgiram, principalmente na saúde mental. Esse período, deixou as pessoas mais frágeis emocionalmente, atingindo a todos e alguns conseguiram se adaptar, porém, outros não.
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Muitos estudos e pesquisas sobre saúde mental no Brasil e no mundo, confirmaram que houve um crescimento significativo de problemas emocionais com o agravamento da pandemia. O aumento dos quadros de depressão, ansiedade, stress, burnout e esgotamento mental estão acima da média, algo que jamais foi esperado. Muitos sentem-se esgotados, com fadiga e exaustos por trabalhar em casa, pois se exige uma energia diferente do que estão acostumadas nos escritórios.
A retomada ao “novo normal” está repleta de incertezas e desordens no âmbito familiar, econômico e principalmente relacionada ao trabalho e negócios. O retorno ao escritório e às atividades profissionais e pessoais podem gerar insegurança, ansiedade e medo e o receio se isso realmente vai acabar. A dúvida gera mais ansiedade e medo.
O momento ainda exige cautela e manutenção dos cuidados para enfrentar a pandemia. Adaptar-se às mudanças, manter o equilíbrio, ter mais resiliência, cuidar da saúde física, praticar meditação, relaxar e contar com a rede de apoio, como amigos, familiares e pessoas queridas nos ajuda a ter um enfrentamento melhor e lidar com essa situação. E voltar aos poucos, para que tudo volte a funcionar melhor.
Reconhecer que a fragilidade emocional faz parte desse momento e que cuidados com a saúde mental é fundamental. Ainda não se sabe o que está por vir, mas o enfrentamento se faz necessário. É importante nesse momento para retomar às atividades, reconstruir-se, continuar a vida e a certeza de que cuidado com a saúde mental é prioridade.
*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.