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Psicofobia: você já sentiu isso?

Psicofobia são atitudes preconceituosas e discriminatórias contra os portadores de transtornos mentais e os profissionais dessa área

Diariamente milhares de pessoas no mundo todo recebem diagnósticos de doenças mentais e neurológicas. No Brasil, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas sofram de algum tipo de doença mental, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Os diagnósticos são muitos, desde depressão e outros transtornos de humor, transtornos de personalidade, Alzheimer, Parkinson, transtornos de déficit de atenção e muitos outros que podem afetar crianças, jovens, adultos e idosos. Absolutamente ninguém está livre desse mal.

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A doença mental e/ou neurológica na maioria das vezes é silenciosa, invisível e por esse motivo, por não ser vista, como um câncer por exemplo, o doente não recebe da sociedade o devido respeito que os demais enfermos recebem, sendo normalmente estigmatizados.

Nos primórdios, doentes mentais já foram acusados de bruxaria ou de serem possuídos pelos demônios, ou até mesmo de serem servos do diabo, coisas absurdas.

Normalmente as doenças mentais e/ou neurológicas são rotuladas como frescura, falta de religiosidade, preguiça, falta de educação, surto, histeria... e os doentes estigmatizados como “doentinho”, “louco”, “pancada”, “retardado”, “débil mental”, “mongolóide”, “histérica”, entre outros estereótipos que perpetuam por séculos, mas saiba que isso tudo tem um nome: preconceito. E o preconceito contra doentes mentais e neurológicos e saúde mental, contando os profissionais, tem um nome: Psicofobia.

Psicofobia são atitudes preconceituosas e discriminatórias contra os portadores de transtornos mentais e os profissionais dessa área. É um crime, assim como é a Homofobia e o Racismo.

É um termo desconhecido, mas amplamente realizado. A desinformação, a negligência, a solidão e a rejeição são condições que pioram o quadro do doente. O agredido, muitas vezes, vivencia esse tipo de situação em seu cotidiano, seja com familiares, amigos, ambiente de estudo ou trabalho. E com o advento das redes sociais, esse crime é praticado livremente, pois a maioria dos usuários acham que internet é terra de ninguém.

Como surgiu o termo Psicofobia?

A Associação Brasileira de Psiquiatria criou uma campanha contra a Psicofobia e determinou que o dia 12/04 é o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia. E a escolha desse dia não foi a toa, é aniversário do humorista Chico Anysio, que em 2011, em uma entrevista exclusiva ao presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, percebeu a necessidade de criar um termo que descrevesse o preconceito sofrido por pessoas com doenças mentais, assim também como os profissionais da área de saúde mental, como os psiquiatras e psicólogos.

"O humorista contou pela primeira vez em uma entrevista que fazia tratamento psiquiátrico para depressão há 24 anos e, segundo ele, “se não fosse o tratamento psiquiátrico, não teria feito nem 20% do que fiz em minha vida”.

Até hoje o depoimento é considerado atual e revolucionário, como o gênio do humor. Foi necessária muita pesquisa e, após a entrevista, Dr. Antônio Geraldo criou a palavra Psicofobia, que descreve perfeitamente o preconceito."

As consequências da Psicofobia podem ser: agravamento da doença, inviabilização de tratamento e maior propensão a suicídio.

É necessária a responsabilização de quem pratica esses atos, pois é inaceitável em pleno 2021 que ainda vivamos esse tipo de preconceito contra pessoas doentes mentais e/ou neurológicas, simplesmente por ter uma doença invisível.

Todos merecem respeito e atendimento digno, sem preconceito, sem julgamentos, por isso é necessária essa campanha para difundir a Psicofobia. E mais informações sobre a campanha podem ser obtidas no site da ABP.

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