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O PROBLEMA DO AUMENTO SIGNIFICATIVO DAS AÇÕES JUDICIAIS CONTRA MÉDICOS NO BRASIL. GRANDE PARTE DELAS PELO QUE SE DENOMINA “ERRO MÉDICO”.

Brasil registrou, em 2019, mais de 500 mil judicializações na saúde, aponta o CNJ

Nos últimos 10 anos o número de ações judiciais contra médicos aumentou de forma significativa no Brasil. Segundo o CNJ, o Brasil registrou, em 2019, mais de 500 mil judicializações na saúde. Esse crescimento é registrado também em todos os Tribunais do Brasil, assim como no STJ.

Com a pandemia, causada pelo novo Coronavírus, e o subsequente colapso do sistema de saúde (público e privado), que sempre foi bastante deficitário, a situação se agravou ainda mais, contribuindo para o crescente aumento de processos indenizatórios fundamentados na Responsabilidade Civil dos médicos (o conhecido “erro médico”), como também dos hospitais e ambulatórios, que diante da crise no sistema de saúde ficaram bem mais vulneráveis à sofrerem processos.

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Ademais, quando se fala em “erro médico”, importante ressaltar que trata-se de uma conduta (comissiva ou omissiva) do profissional contra seu paciente em face de uma atividade médica considerada como negligente, imprudente ou imperita.

Por isso, é preciso averiguar detalhadamente o caso concreto antes de imediatamente configurá-lo como erro médico, pois é importante ressaltar que nem todo resultado adverso ou indesejado pode ser verdadeiramente caracterizado como má prática profissional. Diversos fatores podem contribuir para esse desfecho. Para que seja confirmada a existência de um Erro Médico, é necessário a comprovação de três requisitos: o dano sofrido pelo paciente, a negligência, imprudência ou imperícia na conduta do profissional médico e o nexo causal entre o dano e a má conduta.

Ocorre que independente dos casos concretos que chegam a ser caracterizados como erros médicos, o número de ações com alegações de erro, grande parte delas infundadas e aventureiras, tem crescido assustadoramente e prejudicam diretamente a imagem e o credibilidade do médico, gerando prejuízos de ordem moral e financeiros graves, na busca para provar a sua inocência.

Ademais, o hospital por muitas vezes é atingido de forma ainda mais impactante do que os médicos em processos judiciais, em razão da sua responsabilidade objetiva (independente de culpa)

Mas, qual seria a justificativa para esse crescimento expressivo das demandas na área médica e da saúde?

A resposta para esta pergunta pode se dá por uma soma de fatores, como o acesso à informações e notícias em várias espécies de mídias, levando qualquer cidadão ao conhecimento – muitas vezes superficial - de assuntos variados, bem como de seus direitos e garantias; Outro fator importante, é a relação médico-paciente, que foi transformada com o tempo pelas mudanças nas relações humanas, com destaque no dever de informação clara e precisa por parte do médico e a autonomia do paciente, com a possibilidade de dispor de seu próprio destino. Importante também destacar que essa prestação de serviços médicos é considerada relação de consumo e, portanto, se submete ao Código de Defesa do Consumidor e isso favorece ao crescimento de processos contra médico em diversos âmbitos.

Veja que são fatores importantes e bastante positivos, caracterizando conquistas individuais e coletivas, mas se utilizadas de forma imprudente pode gerar prejuízos irreparáveis a profissionais que por vezes não cometeram erro algum e um aumento injustificados de ações.

Por fim, sabe-se que nem todos conseguem acesso de forma satisfatória à saúde pública no Brasil; que tanto a saúde pública como a privada por muitas vezes falham na prestação de seus serviços e torna-se legítima a busca do direito violado através de ações judiciais por parte do paciente. Porém, independente disso, é importante alertar e destacar que vem ocorrendo uma crescente judicialização na área médica e da saúde, com milhares de ações sem causa de agir, aventureiras, infundadas, e claramente levadas ao judiciário com o único propósito de enriquecimento ilícito.

Por todo o exposto, ressalta-se que uma forma de proteção que os profissionais, hospitais e clínicas podem investir é numa gestão preventiva, com informações precisas e seguras para o exercício de suas atividades. Auxiliado por um advogado especializado, o profissional médico e gestores de clínicas e hospitais podem alinhar sua rotina terapêutica e a gestão dos riscos legais, criando protocolos e padrões de conduta que possibilitam a prevenção de processos de indenização por responsabilidade civil, processos criminais e ético-profissionais ou que, ao menos, garantam subsídios para uma defesa com maior chance de êxito.

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