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O HERÓI E O COVARDE

Anderson Lima é a expressão da unanimidade na polícia civil de Alagoas

Dia 12/11/2009, quinta-feira, horário de abertura de uma agência da Caixa Econômica Federal no Centro de Maceió, o policial civil Anderson Lima constata a ocorrência de assalto, com os assaltantes de armas em punho saindo do banco. Naquele momento o policial dispunha de fração de segundo para decidir que atitude tomar e as opções passam na cabeça na velocidade do tempo disponibilizado. Poderia permanecer na zona de conforto e observar a ocorrência à distância e depois, como se nada tivesse presenciado se apresentaria surpreso e disposto a investigar. Poderia, ainda à distância e protegido, pedir reforço por telefone, observar detalhes que pudessem levar à identificação futura dos criminosos e conseqüente prisão. O policial resolveu reagir e enfrentar o grupo criminoso.

Na apresentação das opções o policial certamente pensou na sua família e, naquele momento específico, lembrou-se dos “treinamentos” com seu filho de 10 anos de idade, documentados na câmera da esposa/mãe. O policial era instrutor de operações especiais da academia de polícia civil, especialmente em entradas táticas, combates em ambientes confinados e tiro policial e, por ser perfeccionista, repetia exaustivamente seus movimentos que mais tarde seriam repassados aos seus comandados e alunos. O filho acompanhava os passos do pai herói.

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No combate com os assaltantes, o policial foi surpreendido pela aproximação de um bandido vestindo uniforme da polícia militar de Alagoas com a arma na mão, imaginou que ali chegara um reforço para o enfrentamento aos criminosos que empreendiam fuga, mas tratava-se de um covarde que atirou em sua cabeça, causando-lhe a morte. O herói estava preparado para o combate, mas não para a traição travestida de policial, repetindo a saga de tantos outros heróis que a história se encarrega de eternizá-los.

Sei que muitos irão dizer que os cemitérios estão cheios de heróis sepultados e ainda poderão questionar a reação do policial assassinado que, se tivesse apenas se omitido, estaria vivo para continuar sua brilhante e exemplar carreira. Mas como iria o nosso herói ensaiar a omissão com seu pequeno filho e depois analisar as imagens documentadas pela esposa-mãe? Como ele iria se dirigir aos seus tantos alunos e comandados para argumentar que a omissão é a melhor atitude em situações de confronto? Como? Logo ele, líder de tantas equipes de seguranças de secretários de Estado, chefe e instrutor do grupo de elite da sua polícia, líder carismático, fiel, companheiro... Herói!

O covarde assaltante assassino está preso. No sistema penitenciário vai receber o reconhecimento de seus pares por ter matado um policial, tatuando o seu corpo com a imagem do palhaço coringa, condecoração do mérito bandido. Duas vezes por semana receberá visitas de mulheres para relações íntimas que, pela grandeza do gesto ousado e covarde, talvez necessitem entrar na fila para um pernoite de amor bandido.

Anderson Lima é a expressão da unanimidade na polícia civil de Alagoas, dá nome à comenda que a Câmara de Vereadores de Maceió concede aos policiais civis que se destacam e destacaram na atividade policial. Forma respeitosa de eternizar o legado do grande profissional.

Passados 14 anos deste fatídico dia que culminou com sua morte, sua memória permanece viva na Segurança Pública de Alagoas, pois sua bravura diante da ocorrência jamais será esquecida e para sempre será reverenciada. Em cada policial alagoano, uma parte de Anderson sempre estará presente, fazendo lembrar o policial líder, fiel e herói.

*CONTEXTUALIZAÇÃO: Parte desse texto foi publicado em maio de 2011.

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*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

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