O nome soa como algo desconhecido, estranho e complexo. Na verdade, não há nada disso. O “Labeling Approach” ou “Teoria do Etiquetamento Social” é conhecido por todos. Somos, inclusive, em algumas situações, os próprios autores dessa prévia estigmatização, algumas vezes certeira, mas em tantas outras vezes, injusta e errônea.
Vivemos em um país de investigações frágeis, diminutas, de um judiciário desacreditado face às intervenções políticas e corrupções que o assombram. A prévia rotulação existe de modo que muitos, já respondem a um processo com uma condenação póstuma dada como certa e antecipada.
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A mídia tem seu papel indispensável na cobertura das notícias mundanas, mas é certo que influencia com uma força significativa sobre o pensamento de acusadores, defensores e julgadores como um todo. A mídia, muitas vezes, é a julgadora da ação.
Mais adiante, esta teoria, já de posse de uma sentença condenatória, defende que uma primeira ação delitiva já é capaz de rotular um indivíduo como um criminoso contumaz a ponto de haver a aceitação deste infrator por uma rotulação que acaba o aproximando de outros rotuladamente semelhantes.
A Teoria do Etiquetamento Social necessita de requisitos para sua execução. O indivíduo rotulado tem que ter passado pelo cometimento de um delito reprovado socialmente, tem que ter agido com dolo ou culpa, bem como ter discernimento da conduta que praticou.
Sendo assim, passa a ser carimbado como um criminoso, assim como um boi que é ferrado pelo seu dono. A reinserção deste indivíduo na sociedade após uma (im) possível ressocialização, é por demais dificultada face aos etiquetamentos inevitáveis de uma sociedade que julga com pré e pós conceitos.
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