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DA NEGAÇÃO À ACEITAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE AUTISMO – O CAMINHO PSCIOLÓGICO E EMOCIONAL DAS FAMÍLIAS QUE RECEBEM O DIAGNÓSTICO.

Famílias em negação costumam justificar as características apresentadas pela criança

Pode parecer estranho para alguém que nunca conviveu com pais e famílias que já receberam diagnóstico de autismo, que alguém negue um diagnóstico, mas no caso do autismo, essa situação acontece e é até mesmo, bastante comum. O primeiro momento de negação normalmente acontece por um período breve, principalmente quando os primeiros sinais de características do autismo começam a ficar mais perceptíveis, e começam a chamar a atenção de alguns profissionais como o pediatra, a professora, ou mesmo de alguma pessoa próxima que comece a comparar o desenvolvimento, atitudes ou “manias” da criança com as demais.

Nesse primeiro momento, as famílias em negação costumam justificar as características apresentadas pela criança, como sendo algo hereditário, características que seriam encontradas em alguns familiares na atual fase da vida ou quando eram crianças. Em um segundo momento, após a procura de um especialista e já com o diagnóstico ou uma suspeita de diagnóstico que ainda precisa ser investigada, algo totalmente normal no caso do autismo, costuma ter uma segunda fase de negação, ou até mesmo uma fase que chamamos de “luto” em relação ao filho idealizado, entendo esse luto como uma reação natural a uma perda.

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Nesse segundo momento essa negação precisa ser acompanhada e trabalhada, pois se perdurar por muito tempo, pode comprometer seriamente o desenvolvimento da criança com autismo, pois as famílias em luto com o diagnóstico do autismo tendem a atrasar o início das intervenções dos sintomas, e o início das intervenções, sejam elas motoras, cognitivas, comportamentais ou de aprendizagem, o mais precoce possível é fator determinante no melhor desenvolvimento possível da criança.

Pela minha experiência na clínica, noto que no geral a dificuldade dos pais em aceitar é maior que a das mães, talvez pela maior predominância em meninos, 4 ou 5 vezes maior que em meninas, onde o luto pelo filho idealizado pelo pai como sendo uma continuação melhorada dele mesmo, traz uma frustação muito grande, uma quebra de expectativas em relação ao futuro e de todo um planejamento que vem sendo feito desde o início da gravidez. Acredito que é importante ampliar o olhar para toda a família da criança com autismo, pois essa saga inicial da negação à aceitação é apenas o início de uma batalha psicológica, emocional e mesmo financeira que tende a durar por muitos anos ou para o resto da vida, e isso não pode ser um decreto de morte da felicidade dessa família. A criação e manutenção de uma “rede de apoio” para a criança e a família será fundamental nesse processo. A busca dos pais e familiares por mais informações, por trocas de experiências também será muito útil.

Por fim, buscar ajuda profissional o mais rápido possível, desde a percepção das primeiras características que possam levantar suspeita de autismo, ou dos primeiros déficits de habilidades ou comportamentos esperados para a idade, é o passo fundamental para o início de um processo que poderá levar ao melhor desenvolvimento possível da criança e a melhor relação de toda a família com o diagnóstico de autismo.

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