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Cálculo renal: o problema silencioso que afeta milhões

Risco de desenvolver cálculos renais aumenta com a idade


			
				Cálculo renal: o problema silencioso que afeta milhões
Dra. Manuela Lordelo Leite Caldas Pereira é médica nefrologista. Arquivo pessoal

Os cálculos renais, popularmente conhecidos como “pedras nos rins”, são uma condição comum e crescente em diversas partes do mundo. Um estudo baseado na Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES) estimou que 19% dos homens e 9% das mulheres serão diagnosticados com um cálculo renal até os 70 anos. A prevalência global da doença varia entre 5% e 15%.

Além do impacto na qualidade de vida dos pacientes, pesquisas sugerem que fatores ambientais, como o clima, podem influenciar a ocorrência dos cálculos. Um estudo publicado no Jornal Brasileiro de Nefrologia, em 2020, identificou uma relação direta entre o número de internações por cálculos renais e o aumento das temperaturas nas cidades. Isso reforça a importância da hidratação, especialmente em períodos mais quentes.

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Cálculo renal: quem está mais suscetível?

O risco de desenvolver cálculos renais aumenta com a idade. Dados do NHANES, coletados entre 2007 e 2016, apontam que a prevalência da doença entre os homens passa de 5,1% na faixa dos 20 a 39 anos para 19,7% entre os idosos com 80 anos ou mais. No caso das mulheres, o aumento também é significativo, subindo de 5,8% para 10,6% na mesma comparação etária.

A incidência da doença (probabilidade de desenvolver um cálculo renal pela primeira vez) varia ao longo da vida. Entre os homens, ela é de aproximadamente 2 casos para cada 1.000 pessoas ao ano antes dos 40 anos, dobrando para 4 por 1.000 ao ano entre os 40 e 60 anos. Depois dessa faixa etária, a incidência tende a cair. Já entre as mulheres, a taxa é de 2 por 1.000 ao ano antes dos 40 anos, diminuindo progressivamente para 1,5 por 1.000 ao ano com o envelhecimento.

Mesmo na terceira idade, homens e mulheres ainda podem ser diagnosticados com o problema pela primeira vez.

Tipos de cálculos renais e taxa de recorrência

A composição dos cálculos renais pode variar, sendo os mais comuns:

  • Oxalato de cálcio – 70 a 80% dos casos
  • Fosfato de cálcio – 15% (o tipo mais frequente é a apatita)
  • Ácido úrico – 8%
  • Cistina – 1 a 2%
  • Estruvita – 1%
  • Outros – menos de 1%

Além da formação do primeiro cálculo, há um risco significativo de recorrência. Estudos indicam que entre 10% e 30% dos pacientes com cálculos de cálcio idiopáticos desenvolverão novos cálculos dentro de três a cinco anos.

Fatores de risco e como prevenir

Diversos fatores contribuem para a formação dos cálculos renais. A baixa ingestão de água e o consumo excessivo de bebidas açucaradas estão entre os principais vilões. Além disso, o uso inadequado de suplementos ricos em vitamina C ou cálcio, sem prescrição médica, pode aumentar o risco da doença.

Determinados medicamentos, como glicocorticoides, laxantes e diuréticos, também estão associados a um maior risco de nefrolitíase.

Para reduzir a chance de desenvolver cálculos renais, especialistas recomendam:

  • Aumentar a ingestão de água;
  • Consumir frutas com alto teor de líquidos, como melancia e melão;
  • Apostar em sucos de frutas cítricas, ricos em citrato, que tem efeito protetor contra cálculos;
  • Incluir água de coco na dieta, pois ajuda na hidratação e no equilíbrio de eletrólitos.

Com a chegada do verão e das altas temperaturas, a atenção à hidratação deve ser redobrada. Pequenas mudanças na rotina podem fazer a diferença e evitar a dor intensa e as complicações causadas pelos cálculos renais. Afinal, nada melhor do que aproveitar a estação mais quente do ano sem preocupações com a saúde!

Dra. Manuela Lordelo Leite Caldas Pereira

Médica nefrologista - CRM 35482 | RQE: 21849

📩 E-mail: [email protected]

📲 Instagram: @dramanuelalordelo

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*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

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