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A TRILHA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Atear fogo!

Homens, onde está a rota de fuga? Atrás tens o mar e à frente o inimigo. Vossa única bravura será estabelecer, aqui, a religião verdadeira, o mais que conquistares serão despojos, pertencerão a vós mesmos.

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Segundo a lenda1, esta foi a mensagem de Tariq Ibne Ziade, comandante mouro, depois de mandar incendiar as naus que com que seu exército atravessara o estreito de Gibraltar, vindo da África. Queria expandir o Islã e o domínio árabe sobre a península Ibérica.

Seus homens avançaram, ao fio dos sabres, com tamanha ferocidade que os visigodos, habitantes originais do local, findaram por recolher-se a pequenos vales no extremo norte da região.

Amontoaram-se em pequenas comunidades e foram forçados ao pagamento de um imposto extra, o dhimmis, instituído pelos muçulmanos. Em troca, receberam permissão para preservar a fé cristã nesses grupamentos.

Houve várias tentativas de expulsão dos árabes do território até que Dom Afonso Henriques foi designado comandante das tropas lusas. Tinha a incumbência de enfrentar os blasfemadores do nome de Cristo.

Em 25 de Julho de 1139, chegou ao campo do Ourique e avistou a vastidão do exército inimigo. Seus homens fraquejaram, tomaram a derrota como inevitável. Dom Henrique aturdiu-se, precisava animar os homens à batalha, mesmo que o preço fosse a própria vida, o objetivo era sagrado.

Afastou-se do grupo e com a alma tomada pela fé, pediu a Deus fortaleza para seus guerreiros a fim de merecerem a vitória na batalha iminente. Com escudo e espada empunhados fitou o céu, donde um feixe de luz eclodiu, espelhou a Santa Cruz e, nela, Jesus crucificado.

Prostrado em terra, Dom Afonso suplicou por seus vassalos e para que o Senhor não se mostrasse a ele mas aos infiéis para convertê-los. "Aos Infiéis, Senhor, aos Infiéis, e não a mim, que creio o que podeis!"

Jesus disse que aparecia, a ele, para confirmar sobre firme pedra o reino que haveria de surgir após a vitória que daria aos lusos nesta batalha. Acrescentou que edificaria, sobre Dom Afonso Henriques, um império através do qual o nome de Deus seria levado às gentes estranhas.

O Reino de Portugal surgiu a partir deste evento, por isto, traz como divisa a Santa Cruz. Se manteve fiel ao propósito de sua criação atribuído por Cristo no Ourique: a difusão da fé, do cristianismo.

No século XV, para melhor desempenhar esta missão, os reis de Portugal incentivaram o desenvolvimento da navegação, através do acolhimento de navegadores em Sagres cujos conhecimentos foram partilhados entre si deram origem ao que posteriormente se denominou escola de Sagres.

Deste empenho surgiram as caravelas, encimadas pela marca da Santa Cruz. Eram navios pequenos com tecnologia arrojada o que permitiu, aos portugueses, lançarem-se ao mar, com a fundamental ajuda dos Cavaleiros da Ordem de Cristo, em busca de levarem a revelação do Cristo a todos os que encontrassem.

Chegaram ao Brasil. Como primeira providência, chantaram a Santa Cruz e o padre frei Henrique disse a missa a que os presentes assistiram de joelhos: os navegadores, guerreiros, cinquenta índios e dois degredados que ficaram na nova terra5.

Escreveu-se carta a Dom Manoel, El rei de Portugal, sobre o achamento do Brasil. Nela, dizia-se que o melhor fruto a se tirar da terra encontrada será salvar a sua gente e que esta deve ser a principal semente lançada ao solo por sua alteza.

“Esta gente é boa e de boa simplicidade…, Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar à Santa fé Católica, deve cuidar de sua salvação.”6

Deus nos ajude!

REFERÊNCIAS

1- Conquista da Península Ibérica, disponível em: Conquista da Península Ibérica pelos muçulmanos (ensinarhistoria.com.br)

2- Bíblia Sagrada, Difusora Bíblica, Lisboa, 2018, Mateus 28:19.

3- JURAMENTO DE OURIQUE, Dom Afonso, Rei de Portugal, disponível em: Senza Pagare: Juramento de Ourique - Dom Afonso, Rei de Portugal

4- CAMÕES, Luiz de, Os Luzíadas, disponível em: Os Lusíadas Canto III- A Batalha de Ourique e a origem mística de Portugal (inverso.pt)

5- CAMINHA, Pero Vaz de, A Carta de Pero Vaz de Caminha, São Paulo, Martin Claret, 2005, p.114/118.

6- Idem, Ibden.

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