O empresário Reginaldo da Silva Santana, também conhecido pelo apelido de Giba, teve a prisão mantida neste sábado (20), pela Justiça, durante Audiência de Custódia. Ele é suspeito de matar quatro pessoas - dois adolescentes e dois adultos - e esconder os corpos em uma cacimba, localizada dentro de um ateliê, na cidade de Arapiraca, em Alagoas.
Mais dois investigados por envolvimento no crime foram presos neste sábado (20), no estado de Sergipe, pela equipe do Núcleo de Investigação Especial (NIESP).
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"Os detidos estão sendo encaminhados para a capital alagoana, Maceió", informou a Polícia Civil.
Veja mais informações sobre o caso:
- Quando foi a prisão?
O empresário e atirador desportivo foi preso nessa sexta-feira (19), na cidade de Arapiraca, no Agreste de Alagoas. A Polícia Civil divulgou que os corpos foram achados após informações repassadas por meio do Disque Denúncia, no número 181.
- Por quais crimes Reginaldo da Silva Santana foi autuado?
De acordo com a polícia, o empresário foi autuado em flagrante por ocultação de cadáveres, crime ambiental e posse ilegal de arma de fogo. Ele deverá ser indiciado também pelos homicídios.
- O que o suspeito fez, segundo informações da polícia?
Reginaldo da Silva Santana contou à polícia que, na noite do crime, saiu de casa com as duas jovens, que, conforme relato dele, costumavam pedir alimentos, mantimentos e dinheiro. Os três teriam ido até o centro de Arapiraca, em uma agência bancária do Banco do Brasil, onde ele sacou dinheiro.
Em seguida, Giba disse que foi a uma pizzaria com as duas jovens, comprou uma pizza e, na sequência, retornou para a casa. Chegando na propriedade, o atirador desportivo recebeu a informação de um sobrinho - identificado apenas como Adriano - de que dois homens, companheiros das mulheres, teriam furtado um celular e um equipamento.
Ainda à polícia, o suspeito afirmou que as duas mulheres ficaram rendidas dentro do imóvel, enquanto ele e o sobrinho "saíram em caçada dos dois homens", relatou o delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier.
Reginaldo e Adriano encontraram os dois companheiros das jovens nas proximidades da propriedade e os levaram de volta para a casa. "Ele alega que efetuou um disparo acidental e, depois desse tiro, houve um momento de confusão", expôs o delegado. Isso porque, segundo depoimento do empresário, as vítimas teriam reagido ao disparo.
De acordo com a versão do suspeito, no meio dessa confusão, "ele, o Giba, e o sobrinho executaram os quatros, depois pegaram os corpos e lançaram na cacimba", esclareceu o delegado-geral.
Ao fim, o empresário descreveu que eles cobriram os corpos com alguns artigos para evitar a propagação do mau cheiro.
- Quem são as vítimas?
As investigações apontam que as vítimas são os irmãos Letícia da Silva Santos, de 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; além de Joselene de Souza Santos, de 17 anos (companheira de Lucas) e Erick Juan de Lima Silva, de 20 anos (companheiro de Letícia).
Quem é o empresário suspeito do crime?
Reginaldo, natural de Sergipe, possui uma empresa de fabricação de esculturas, conforme a polícia. Informações colhidas pela Gazetaweb apontam que o homem é conhecido na região do Agreste, já que tem o trabalho vendido em Arapiraca e municípios vizinhos.
O suspeito também é atirador desportivo e apresentou os registros de Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC) à polícia. Os documentos serão analisados pelos investigadores. No ateliê de Giba, onde os cadáveres foram encontrados, dez armas de fogo foram apreendidas.
Outra ocupação de Reginaldo, conforme apurado pela Gazetaweb, é a criação de animais, como cobras. Em um banheiro do ateliê, uma píton foi localizada.