
Arapiraca ficou conhecida por feitos econômicos, personalidades e outras produções mais. No entanto, não se pode negar que a cidade também teve seu nome entoado pelos cinco cantos do Brasil devido ao amor e à paixão que envolve o esporte mais importante do País: o futebol.
Apesar de um município pequeno em relação aos que mais revelam atletas pelo Brasil, a terra de Manoel André estabeleceu-se com seus mais variados esportistas. E, claro, teve seu nome marcado pelo clube de maior importância da cidade: o ASA.
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Foi levando este nome Brasil afora que Arapiraca foi para as manchetes. Seja em 2002, quando a equipe alvinegra despachou o Palmeiras da Copa do Brasil, ou quando conseguiu o inédito vice-campeonato brasileiro da Série C em 2009, o ASA teve um importante papel para que Arapiraca tivesse o nome conhecido também no esporte nacional.

Presidente do Fantasma, Rogério Siqueira pontuou o tamanho da responsabilidade de comandar o que é, segundo ele, o maior propagandista da cidade.
“Não existe ASA sem Arapiraca, nem Arapiraca sem ASA. Ele é o maior propagandista da cidade e, com certeza, Arapiraca precisa muito do ASA e o ASA precisa muito de Arapiraca. Eu sou um cara muito lisonjeado em poder estar à frente da gestão do maior amor, da maior paixão da cidade no centenário”, disse.
Entre os feitos marcantes do Alvinegro nacionalmente estão o vice da Copa do Nordeste (2013), a vitória sobre o Coritiba, por 2x0, que eliminou o time paranaense da Copa do Brasil, em 2017, além de duelos históricos, que o Estádio Coaracy da Mata recebeu, contra Athletico-PR (2012), Flamengo (2013), Palmeiras (2013) e outros.

ESPORTISTAS CAMPEÕES
Arapiraca não fica apenas conhecida pelo futebol, mas por todos os atletas que ali nasceram e de lá ganharam o Brasil e o mundo. Entre as modalidades estão: fisiculturismo, taekwondo, maratona, jiu-jítsu, entre outros.
Recentemente, Arapiraca foi agraciada com o belíssimo desempenho de Kevyn Nicolas. O jovem foi campeão mundial, na Coreia do Sul, no 2024 World Olympic Taekwondo Championship, algo inédito para a cidade.
Outro nome marcante do esporte local é o de Maria do Carmo Cruz, a Carminha. No auge de seus 66 anos de vida, a maratonista conseguiu feitos históricos. Ela é campeã de atletismo master, campeã do Troféu Nordeste, tricampeã da Copa Brasil, campeã sul-americana e campeã mundial, após competir em Guadalajara, no México. A arapiraquense levou o nome da cidade para a famosa Maratona de São Silvestre por três oportunidades.

“Iniciei a corrida de rua aos 60 anos. Sou a primeira mulher em Alagoas maratonista e ultramaratonista, depois dos 60. Iniciei após uma depressão de grau gravíssimo. O esporte me salvou, o esporte é vida”, disse Carminha em entrevista à Gazeta.
Ela ainda completa, com amor e fervor, explicando o tamanho do orgulho de defender as cores arapiraquenses pelo Brasil. “Eu sinto orgulho dessa terra, que me viu crescer, que formou esta mulher que sou hoje e me deu lindos filhos, netos, nora. Sou muito grata a Arapiraca por ter me acolhido, e é uma honra subir aos pódios carregando este manto sagrado. É uma terra de gente guerreira, que sempre soube lutar. Dá orgulho dizer que é de Arapiraca”.
No fisiculturismo, Arapiraca revelou Ricardo Caetano. Desde os 4 anos praticando esportes, ele se moldou em meio a dificuldades de apoio, até encontrar a área da musculação, a qual se apaixonou, após tanta dedicação.

“Ser arapiraquense é tudo, sinto orgulho. Já morei em outros lugares, mas Arapiraca sempre vai ser o melhor lugar. Faz anos que eu voltei. Hoje ajudo no esporte, incentivando. Minha vida foi sofrida, batalhamos mais, trabalhamos mais”, afirmou Ricardo.
No currículo, há o recente 3º lugar no Campeonato Nacional, marca expressiva para ele. A preparação agora, porém, é para o Campeonato Mundial. Apesar da paixão pelo fisiculturismo, Ricardo também é professor de artes marciais e é a definição ideal do amor pelo que faz.
Erivan Alexandre, também é cria das artes marciais. Conhecido como Alexandre Negrão, ele é faixa marrom da modalidade, mas já galgou grandes feitos para a história da modalidade para os arapiraquenses. Alexandre foi campeão sul-americano sem kimono da IBJJF, em 2024, é tetracampeão alagoano, além de levar a medalha de ouro no Fortaleza Open e Brasília Open, nos dois últimos anos. Tudo isso com dois anos de carreira profissional no IBJJF.

“É levando o nome de Arapiraca. O jiu-jítsu é o meu amor. Comecei na capoeira, mas me encontrei no jiu-jítsu. Para mim é gratificante levar o nome da cidade de Arapiraca. Nasci e vivo até hoje, tenho amor por isso. É a nossa queridíssima Princesa do Agreste”, disse.
O secretário de esportes de Arapiraca, Josenildo Souza, explicou como o esporte serve para a evolução dos cidadãos arapiraquenses. “Nos últimos anos, Arapiraca vivenciou um crescimento significativo, e o esporte desempenhou um papel fundamental nesse processo. Os resultados dos esportistas arapiraquenses são notáveis e refletem não apenas em conquistas individuais, mas também no fortalecimento da nossa identidade como cidade”.
Ele ainda ressaltou que os avanços no esporte vão para além das conquistas. “Portanto, os resultados dos esportistas arapiraquenses vão além das medalhas; eles refletem um progresso social, cultural e econômico que beneficia toda a cidade. O investimento no esporte é um investimento no futuro de Arapiraca”.

MAIS TALENTOS
Com tantos talentos no esporte, em várias modalidades, não poderia faltar o ciclismo. E, justamente no último domingo (27), foi realizado o Pedala Arapiraca, em homenagem aos 100 anos da cidade.
E o paradesporto não podia ficar de fora. No mês passado, por exemplo, foi a vez da realização do 3º Festival Paradesportivo de Arapiraca, onde seis delegações de Arapiraca, Maceió, Maragogi, Igaci, Palmeira dos Índios e Maribondo, além de equipes de instituições, participaram do evento.