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HOME > blogs > LETRAS DE ALAGOAS
Imagem ilustrativa da imagem O ATO DE ESCREVER E O HOMEM | Yaradir de Albuquerque Sarmento

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Letras de Alagoas

O ATO DE ESCREVER E O HOMEM | Yaradir de Albuquerque Sarmento

Quando escrevo, parto de mim mesma. Nasço ou renasço de minha própria individualidade.

Sou eu mesma, dentro da multiplicidade dos pensamentos, sentimentos, emoções que nos torna seres humanos.

Espíritos em invólucro carnal; feixes de nervos, artérias, músculos, órgãos afinados para a manutenção da vida.

Escrever pertence ao subjetivo, ao transpessoal; é a capacidade cognitiva de decompor fatos, discernir pensamentos, traduzir sentimentos, e controlar emoções.

Quando o homem produziu o primeiro som e se comunicou com seu vizinho de caverna, nesse momento poderemos dizer que a pronto escrita nasceu.

Da fala á escrita deve haver milênios de tentativas, até o aperfeiçoamento dos símbolos e algarismos, mas, quando o homem dominou a escrita construiu sua história e a legou aos seus descendentes , fazendo nascer a tradição e a cultura ;preservou arte ,mitos e lendas que moldaram os costumes e foram o embrião das crenças e religiões antigas.

Quando escrevemos estamos compartilhando ideias, conhecimento, sentimento e emoções.

Escrever é libertador, porque através da escrita expandimos nossa ideias além de nossos limitados horizontes físicos.

No entanto, também há necessidade de conhecer o que outros escrevem. Visitar outros mundos criados por outras mentes pensantes, ampliar nossos conhecimentos e criar pontes invisíveis entre o escritor e o leitor.

Quando escrevemos somos múltiplos de nós mesmos, acessamos arquétipos inconscientes, tornando-os visíveis, quase palpáveis. Nossa ancestralidade brota de fontes diversas: memórias familiares, lembranças da infância, trazemos de volta nossa criança interior , que renasce , fluida e feliz , pronta para enfrentar os desafios do viver.

Assim, ao escrever, vivemos através dos personagens criados múltiplas e diferentes vidas.

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Yaradir de Albuquerque Sarmento

É sócia efetiva da AAL, ocupa a cadeira 14 desde 2015 publicou o primeiro livro em 2013: versos sem reverso - editor Benedito Ramos Amorim, no ano seguinte publicou outro livro de poemas: Maquinações Poéticas com o mesmo editor e logo em seguida o romance: Sonho de Uma Noite na Índia lançado sob a edição de Benedito Ramos Amorim no ano 2016. O nascimento de vênus livro de poemas publicado em 2019 - editora CBA. em 2021- editora Viva - Um Jeito Feminino de Ser Crônicas e Contas. 2021 - editora Viva - Camaleoa - Romance 2023- editora Viva - Poemas Esquecidos - aguardando lançado. Pintora autodidata fez duas exposições no MISA - 2014 e 2019. Uma exposição coletiva no parque shopping. Sua pintura é espontânea, tem traços de impressionismo, no entanto as cores são sua paixão e desafio, flores e mulheres místicas são seu tema favorito. Quer através da pintura resgatar o divino no feminino, a deusa geratrix que impulsiona a humanidade para a procura do bem e o belo, tanto externamente na natureza que nos cerca quanto interna na força do espírito que constrói e eleva o homem aos páramos dos deuses.

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