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HOME > blogs > LETRAS DE ALAGOAS
Imagem ilustrativa da imagem DIA DO MÉDICO | Yaradir de Albuquerque Sarmento

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Letras de Alagoas

DIA DO MÉDICO | Yaradir de Albuquerque Sarmento

Acabo de desligar o telefone, era uma amiga me parabenizando pelo “dia do médico “.

Só então me dei conta da data. Voltei no tempo tomado por profundo sentimento de gratidão aos meus pais; que não tolheram a menina rebelde e curiosa, que lia incessantemente, porque queria saber dos mistérios da vida.

Nascida em época que as mulheres eram em sua maioria encaminhadas ao casamento, como única opção ou quem sabe, serem professoras, ir para universidade era privilégio de algumas poucas desbravadoras e corajosas mulheres, as quais devo admiração respeito e reconhecimento, elas abriram, para as futuras caminhantes da arte da Medicina, o caminho, que tenho certeza foi muito mais espinhoso e solitário que o nosso.

Ser médica para mim nem foi um sonho, sim algo a que fui levada naturalmente, passo a passo. Ser iniciada nos segredos do corpo humano, aprender seu funcionamento e o que é muito mais difícil, compreender nossas limitações profissionais, no momento em que já não importam conhecimentos ou tecnologias. Incapaz o que somos diante do inexorável destino de todo vivente.

Ser médica é para mim, mais que uma profissão. É uma maneira de ver a vida, tentar compreender o ser humano em sua totalidade biológica e psicológica. Pois o homem é esse binômio de corpo e espírito, impossível de ser dissociado e explicado.

“Jung falava do “inconsciente egóide” onde a biologia e a psicologia se influenciam mutuamente”. Apesar de não sabermos o mecanismo dessa inter-relação, sabemos que ela existe, pois a cura não advém só do físico, se completa no momento em que desejamos e alimentamos nosso inconsciente com o desejo de cura. Pode parecer complicado, mas quem pratica a Medicina sabe que esse mecanismo existe.

Neste dia 18 de outubro não temos muito que comemorar.

A profissão médica se torna cada dia mais aviltada, não só pelos salários praticados nas instituições públicas , como também o aumento exponencial de Escolas de Medicina que promovem a ideia de que para ser médico é apenas ingressar na faculdade e que para tal o aluno não necessita de profundos conhecimentos gerai , além de alentado cabedal de cultura médica ministrada durante curso.

Cultura e conhecimento esses que se aprimorar e aprofundam durante o exercício profissional.

As novas tecnologias nos apontam o futuro promissor no diagnóstico e tratamento de várias doenças, fato que exige estudo e dedicação.

Enfim a todos os colegas de profissão meu abraço fraterno, recheado de fotos de êxito profissional .

Que suas vidas sejam plenas e felizes.

Para nós, mulheres médicas que herdamos da ancestralidade o dom da cura, do partejar, do cuidar amoroso do outro, desejo mais ainda, que se reconheçam sabias mulheres curadoras, honrando assim nosso passado remoto.

Por todas as que foram caladas, martirizadas, esquecidas, e sobrevivem em nós.

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Yaradir de Albuquerque Sarmento

É sócia efetiva da AAL, ocupa a cadeira 14 desde 2015 publicou o primeiro livro em 2013: versos sem reverso - editor Benedito Ramos Amorim, no ano seguinte publicou outro livro de poemas: Maquinações Poéticas com o mesmo editor e logo em seguida o romance: Sonho de Uma Noite na Índia lançado sob a edição de Benedito Ramos Amorim no ano 2016. O nascimento de vênus livro de poemas publicado em 2019 - editora CBA. em 2021- editora Viva - Um Jeito Feminino de Ser Crônicas e Contas. 2021 - editora Viva - Camaleoa - Romance 2023- editora Viva - Poemas Esquecidos - aguardando lançado. Pintora autodidata fez duas exposições no MISA - 2014 e 2019. uma exposição coletiva no parque shopping. Sua pintura é espontânea, tem traços de impressionismo, no entanto as cores são sua paixão e desafio, flores e mulheres místicas são seu tema favorito. Quer através da pintura resgatar o divino no feminino, a deusa geratrix que impulsiona a humanidade para a procura do bem e o belo, tanto externamente na natureza que nos cerca quanto interna na força do espírito que constrói e eleva o homem aos páramos dos deuses.

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