A prática de compra de votos que vem sendo denunciada há algum tempo parece que virou rotina, tendo em vista as últimas operações da Polícia Federal em Alagoas.
Não bastasse a apreensão de R$ 500 mil nas mãos de um homem em Maceió, operação posterior da PF mostrou que São Miguel dos Campos e Arapiraca também entraram na dança, com apreensão de quantias também de grande valor: R$ 300 mil no primeiro caso e R$ 490 no segundo.
Os flagrantes feitos são atribuídos a saques milionários de dinheiro supostamente para a compra de votos, embora a Polícia Federal tenha se mantido discreta sobre as ações policiais.
SEM FREIO
Como tudo acontece nos últimos dias que antecedem as eleições, é de se esperar grande movimentação bancária na capital e no interior ainda nesta semana, certamente para cumprir compromissos de candidatos com eleitores, principalmente na periferia das cidades.
ALVO DE DENÚNCIAS
As abordagens aos corruptos têm sido pontuais, muitas graças a denúncias anônimas feitas e à vigilância, que tem aumentado por parte do Tribunal Regional Eleitoral, com seus órgãos auxiliares de segurança.
ESTIMULADO
Com o sistema Pardal que foi implantado em todos os TREs do Brasil, ficou mais fácil denunciar e prever a realização de saques nos estabelecimentos de crédito, frustrando quem tem o objetivo de fraudar as eleições através da prática de cooptar o eleitor.
FÁCIL IDENTIFICAÇÃO
Mesmo que as autoridades se abstenham de revelar como serão feitas as investigações sobre compra de votos, basta chegar em um estabelecimento comercial nas periferias da cidade para saber quem utiliza desse expediente para garantir um mandato. Os valores aumentam a partir das contas feitas pelos candidatos, e o preço de cada voto chegava na semana passada a R$ 200.
PAGAMENTO
Mesmo que muitas lideranças já tenham cumprido os compromissos para evitar algum desconforto como a apreensão de malas recheadas da grana, nesta semana, na reta final de campanha, o dinheiro corre solto.
NOVA ESTRATÉGIA?
Em campanhas anteriores, o fato mais relevante eram assaltos a bancos, tanto em Maceió como em agências no interior do Estado, o que praticamente inexiste neste ano. Parece que os compradores da mercadoria mudaram a estratégia.
EFICIÊNCIA
O serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública funcionou e impediu que um grande assalto fosse realizado na última terça-feira em Maceió. Os marginais faziam parte da organização do “Comando Vermelho”, que tem atuado em vários estados brasileiros, estavam vestindo uniformes falsos do Batalhão de Operações Especiais.