O Plano Diretor de Maceió deverá ser aprovado ainda neste ano, mas, como todo mundo imagina, vai ser alvo de muita polêmica e questionamentos, onde estarão em jogo interesses principalmente do poder econômico.
O vereador Eduardo Canuto assegura que fez o que pôde enquanto presidia a Comissão da Câmara, mas as eleições do ano passado impediram de seguir mais adiante. Como o assunto é considerado emergencial, já que o plano está defasado há cerca de 20 anos e tem eleição em 2026, agora é correr contra o tempo.
NOVA ORIENTAÇÃO
O próximo presidente da comissão deverá ser o vereador Marcelo Palmeira e, certamente, um novo planejamento será posto em prática, isso já a partir da próxima semana. O assunto deverá ser amplamente discutido pela sociedade através de audiências públicas.
MEGATORRES
Um dos assuntos que deverão tomar uma grande dimensão é a construção de megatorres na área da Lagoa da Anta, projeto que está inserido no Plano Diretor e que tem sido questionado pelos próprios órgãos públicos para que não permitam que a área privilegiada seja afetada no seu meio ambiente.
CONTRA O TEMPO
Como o tempo é escasso e o Plano Diretor mexe com a cidade inteira, é preciso que a Câmara de Maceió acelere os passos e defina um prazo ainda neste ano para que o projeto seja aprovado. Se não houver tempo suficiente, dificilmente será finalizado em 2026, um ano eleitoral, que certamente vai atrair bem mais as atenções dos vereadores.
AUDIÊNCIAS
No apagar das luzes para a chegada do carnaval, a Câmara de Maceió aprovou a realização de audiência pública para tratar da questão da construção das megatorres na Lagoa da Anta. A sessão está prevista para o próximo dia 17 e questionará a possibilidade de as obras causarem danos socioambientais.
ALIANÇAS
Durante o período da festa de Momo, lideranças de vários partidos avançaram em negociações e compromissos para as eleições do próximo ano, assunto que já está fervendo junto aos principais candidatos, seja nas eleições majoritárias seja nas eleições proporcionais.
PERDEU
Bem que o deputado Isnaldo Bulhões queria, mas foi preterido por Lula, que convidou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para assumir a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha.
DECISÃO PESSOAL
A escolha de Gleisi, mesmo que aliados aconselhassem o presidente Lula a escolher um nome do Centrão, terminou mesmo com o PT. O presidente aposta que “Gleisi vem para somar”, mesmo que ela sempre tenha entrado em rota de colisão com outras legendas enquanto presidente do Partido dos Trabalhadores. A não indicação de Isnaldo Bulhões para a vaga de Alexandre Padilha, que era defendida até pelo PT, surpreendeu os aliados do governo.