O deputado federal Arthur Lira (PP) pode ficar sem palanque para fazer “dobradinha” com um candidato a governador em 2026. Pelo menos um nome competitivo.
Por diferentes razões, no cenário de hoje uma eventual aliança entre Arthur Lira e JHC ou entre ele e Renan Filho, dois dos principais nomes que despontam com possibilidade de disputar o governo, é impraticável.
O senador Renan Calheiros (MDB) já declarou que na aceita fazer aliança com Arthur , porque o ex-presidente da Câmara dos Deputados teria se colocando contra interesses de Alagoas em vários momentos. O “veto” por si só inviabiliza qualquer acordo do seu grupo com uma possível candidatura de Lira ao Senado.
O prefeito João Henrique Caldas decidiu romper com Lira – como antecipado pelo blog do Edivaldo Junior e confirmado por várias fontes da prefeitura de Maceió – por um completo desalinhamento entre ambos na articulação para uma vaga do STJ, além de um evidente conflito de interesses.
Para seguir a estratégia defendida por Arthur Lira, JHC, segundo interlocutores do prefeito, teria que “abrir mão” de uma vaga de Senado, entregar a prefeitura para Rodrigo Cunha e correr o risco de perder a eleição de governador num confronto contra o ministro dos Transportes, Renan Filho.
“JHC e Arthur Lira já não fazem mais parte do mesmo grupo. Agora o nosso prefeito vai apostar num novo projeto, numa chapa de renovação, construindo uma alternativa para Alagoas sem os Calheiros ou Lira”, aponta um influente interlocutor da prefeitura de Maceió.
Entre os nomes que JHC pensa em lançar para o Senado estão o da mulher dele, a primeira dama Marina Caldas e dos de Davi Davino Filho e Alfredo Gaspar. “Temos muitas alternativas e vamos surpreender”, assegura o interlocutor.
Para Lira, se for candidato ao Senado, restará como alternativa no atual coenário fazer uma campanha isolada, sem palanque de governador ou lançar um novo nome na disputa pelo governo. Mas essa é outra história.
Sinalizando
Lira ainda não jogou a toalha em relação a uma aliança com JHC. Ele trabalha com a possibilidade de uma candidatura do prefeito ao governo em 26 e tem mandado recados de que quer retomar o diálogo com o prefeito. Nesta sexta ele tentou minimizar a repercussão das exonerações de indicados deles na Educação de Maceió e mandou avisar que ainda acredita na construção de um palanque com JHC.