O governo de Paulo Dantas (MDB) terá que lidar com um velho problema do Estado de Alagoas – o crescimento do endividamento público. A dívida do Estado foi reduzida no início do governo de Renan Filho (em 2015) a partir de renegociação promovida pelo governo, com base em novas regras estabelecidas pelo Congresso Nacional.
Em setembro de 2015, a dívida de Alagoas era de R$ 10,7 bilhões (valores da época) e caiu para R$ 7,7 bilhões em agosto de 2016 e para R$ 6.079.159.179,00 em setembro de 2019. Em agosto de 2022, a dívida se manteve no mesmo patamar: R$ 6.098.667.859,60, o equivalente a 47,22% da RCL (Receita Corrente Líquida). No mesmo período em 2023, o valor da Dívida Consolida Líquida (DCL) aumentou para R$ 7.114.903.539,76 ou 51,59% da RCL.
Agora, em 2024, de acordo com dados da Secretaria da Fazenda de Alagoas, a Dívida Consolidada do Estado deu um salto para R$ 11.405.379.817,64, o equivalente a 69,25% da RCL. O aumento do endividamento é resultado de novas operações de créditos feitas principalmente nos últimos dois governos – Renan Filho e Paulo Dantas – além do aumento da Selic.
O aumento do pagamento pelo serviço da dívida, pagamento de juros e amortização, mais que dobrou no governo de Paulo Dantas. Entre janeiro e setembro de 2022, ano em que ele assumiu o governo na eleição indireta, o Estado pagou R$ 449,7 milhões do serviço da dívida. Em igual período deste ano, o Estado pagou de juros (R$ 618.641.325,00) e amortização (R$ 453.170.554,00) totalizando R$ 1.071.811.879,00, uma variação de 138,3%. Na comparação com igual período de 2023 (R$ 813.957.335,00), a alta foi de 31%.
Nesse cenário, de aumento da dívida, o governo de Alagoas vai promover o corte de gastos para preservar a capacidade de investimentos do Estado. Mas essa é outra história.