A lei do retorno. É o que promete um grupo de dirigentes partidários de Maceió, após a repercussão da denúncia feita pelo vereador João Catunda (PP)
Em denúncia apresentada na 2ª Zona Eleitoral de Maceió contra o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o parlamentar aponta para uma suposta fraude à cota de gênero durante as eleições municipais deste ano na capital.
João Catunda não conseguiu ser reeleito, ficando na primeira suplência seu partido. Se sua denúncia for acatada, o vereador Aldo Loureiro, reeleito pelo PDT pode perder a vaga e quem poderá assumir o mandato no lugar a partir de 2025 é o próprio Catunda.
Na ação, ele solicitou a suspensão da diplomação do único candidato eleito pelo PDT em Maceió, enquanto a investigação estiver em andamento.
A denúncia de Catunda, no entanto, teve repercussão maior. Há quem diga que uma investigação sobre a fraude de cotas de gêneros nas eleições deste ano pode atingir não só o PDT, mas vários outros partidos.
Para um grupo de dirigentes partidários, que se reuniu esta semana em Maceió, a ação de Catunda é infundada, buscando beneficiar apenas o próprio vereador, que não conseguiu ser reeleito.
“Esta ação não deve prosperar, porque não existem evidências. Mesmo assim, cria um problema. Já imaginou quanto o PDT vai ter que gastar de tempo e dinheiro fazendo a defesa? E o vereador Aldo Loureiro, mesmo sabendo que foi reeleito, vai ter que passar os próximos meses, enquanto esse processo não é julgado, vivendo com esse incômodo de que pode perder o mandato”, aponta um interlocutor.
O grupo promete dar “o troco”: “se não houver provas, se a ação for infundada, vamos ingressar com uma ação contra quem faz denunciação caluniosa. Quem faz isso, quem provoca a Justiça sem ter provas, vai ter que pagar pelos prejuízos causados”, avisa o interlocutor.