O setor agropecuário alagoano está de luto com o falecimento de Emílio Elizeu Maya de Omena, aos 85 anos. Um dos pioneiros no melhoramento genético da raça Nelore, especialmente no clima semiárido, Emílio deu continuidade ao trabalho iniciado por seu avô, Alfredo de Maya, estabelecendo uma sólida base de evolução genética em Alagoas, especialmente nas fazendas Alfredo de Maya e Pau Ferro, em Cacimbinhas.
Além de seu papel fundamental no aprimoramento da pecuária, através do uso de novas tecnologias que permitiram acelerar os ganhos genéticos, Emílio foi presença marcante em leilões e exposições agropecuárias, tanto em Alagoas quanto no Nordeste, e suas contribuições foram reconhecidas nacionalmente. Ele foi homenageado com o Mérito ABCZ durante a 82ª ExpoZebu, em 2016, por sua dedicação à pecuária e à seleção de zebuínos.
Entidades do setor agropecuário lamentaram a sua morte, reconhecendo sua importância para a agropecuária brasileira.
O Sistema Faeal/Senar destacou sua competência e legado: “Sua trajetória na agropecuária, principalmente na criação da raça Nelore, fez dele uma referência no setor produtivo, onde também atuou como empresário na agroindústria do açúcar. Deixa um legado de competência e respeito entre os produtores rurais de Alagoas”.
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), da qual Emílio foi membro do Conselho Consultivo, também expressou pesar: “Emílio foi uma referência no estado de Alagoas, onde desenvolveu sólido trabalho de seleção”.
O presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, destacou a relevância de Emílio no cenário da pecuária alagoana: “Emílio Omena teve uma contribuição imensurável no desenvolvimento da pecuária de Alagoas, principalmente no aprimoramento genético da raça Nelore”.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, também lamentou sua partida: “Foi uma referência nas exposições e leilões, além de ser um grande inovador. Sua ausência será sentida por todos nós, mas seus ensinamentos seguirão perpetuados no setor agropecuário”.
A morte de Emílio Omena marca o fim de uma trajetória de inovação e liderança no setor agropecuário, mas seu legado, especialmente no aprimoramento da pecuária e no fortalecimento do setor sucroenergético, permanecerá como uma referência para seus sucessores que darão continuidade ao seu trabalho e também para as futuras gerações de pecuaristas de Alagoas e de todo o Brasil.
Com um legado de vida dedicado ao fomento da agropecuária alagoana, deixa esposa, filhos e netos. Para a família foi uma perda irreparável. “Ele foi um exemplo de amor, força e muita coragem, sempre presente em nossas vidas, cuidando de todos nós com generosidade. Enfrentou os desafios da vida com bravura e dignidade, e agora descansa nos braços do Senhor. Quem teve o privilégio de conhecê-lo bem, sabe da sua bondade e de como ele tocou a vida de tantas pessoas com seu coração aberto e sua fé firme”, declarou a filha do pecuarista, a empresária Mônica Omena, por meio de redes sociais.