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HOME > blogs > DIREITO IMOBILIÁRIO
Imagem ilustrativa da imagem Financiar ou alugar um imóvel em 2025?

BLOG DO
Direito Imobiliário

Financiar ou alugar um imóvel em 2025?

Com as recentes oscilações no mercado financeiro e o atual patamar elevado da taxa Selic (14,75% ao ano), muitos consumidores enfrentam uma decisão fundamental: financiar um imóvel ou permanecer no aluguel?

Além das implicações econômicas, a escolha entre essas duas alternativas envolve aspectos jurídicos que não podem ser ignorados.

Hoje, analisaremos os prós e contras de cada modalidade, os cuidados legais essenciais, e oferecemos uma reflexão com base nas condições atuais do mercado imobiliário brasileiro

1. Panorama Atual dos Financiamentos Imobiliários

Com a Selic em alta, as taxas praticadas nos contratos de financiamento habitacional se situam entre 11% e 13,5% ao ano, o que aumenta significativamente o custo total da operação. Ou seja, ao financiar um imóvel hoje, o comprador pode pagar mais que o dobro do valor original do bem ao longo do tempo.

Sob o aspecto jurídico, é essencial lembrar que os contratos de financiamento imobiliário são de longo prazo (até 35 anos) e geralmente firmados com garantia real, especialmente por meio da alienação fiduciária em garantia.

Esse modelo oferece segurança ao credor, mas pode ser extremamente oneroso ao devedor, que corre o risco de perda do bem por inadimplemento, independentemente do montante já pago (art. 26 da Lei nº 9.514/97).

2. Financiamento: Vantagens e Riscos Jurídicos

Vantagens:

• Construção de patrimônio: ao final do contrato, o imóvel é definitivamente do comprador;

• Segurança de posse: ninguém pode retirá-lo do imóvel, salvo inadimplemento;

• Possibilidade de valorização do bem: Com o tempo o imóvel tende a se valorizar no mercado e juridicamente, o imóvel integra o patrimônio podendo ser objeto de inventário, doação, venda ou garantia futura.

Riscos e cuidados:

• Cláusulas abusivas: é comum a presença de cláusulas de difícil compreensão ou que oneram excessivamente o consumidor, exigindo análise prévia do contrato por um advogado;

• Multas rescisórias e encargos moratórios elevados;

• Risco de execução extrajudicial: o inadimplemento pode gerar a retomada do imóvel sem necessidade de ação judicial, conforme a sistemática da alienação fiduciária.

3. Aluguel: Flexibilidade com Restrições

O aluguel se mostra, em tempos de juros elevados, uma alternativa financeiramente interessante para quem busca mobilidade e não pretende se comprometer com um longo contrato de dívida.

Vantagens:

• Liberdade contratual: o inquilino pode buscar imóveis conforme sua conveniência, mudar-se com facilidade e sem dívidas de longo prazo;

• Menor comprometimento financeiro inicial: geralmente se exige apenas caução, fiança ou seguro locatício;

• Responsabilidade limitada: custos estruturais do imóvel são normalmente de responsabilidade do locador.

Cuidados e riscos jurídicos:

• Reajustes anuais: com base em índices como IGPM ou IPCA, que podem elevar consideravelmente o valor do aluguel;

• Restrições de uso: o imóvel alugado não pode ser modificado livremente;

• Risco de não renovação do contrato ou venda do imóvel durante a vigência do aluguel, o que pode implicar em rescisão ou denúncia vazia ao final do prazo contratual (art. 47 da Lei do Inquilinato).

4. Considerações Finais: O Que o Consumidor Deve Avaliar?

Na decisão entre financiar ou alugar deve se considerar:

• Capacidade financeira e estabilidade de renda;

• Planos de longo prazo (estabilidade ou mobilidade);

• Perfil de risco diante de juros elevados e endividamento;

• Capacidade de assumir compromissos contratuais com segurança jurídica.

É recomendável que, antes da assinatura de qualquer contrato de financiamento ou locação, o consumidor busque orientação jurídica especializada, especialmente para análise de cláusulas contratuais, garantias exigidas e potenciais penalidades por descumprimento.

Conclusão

No atual cenário de juros altos, alugar pode representar racionalidade econômica e segurança jurídica a curto e médio prazo, enquanto financiar exige cautela, planejamento e conhecimento dos direitos e deveres envolvidos.

Em ambos os casos, consultar um advogado especializado em direito imobiliário é a melhor forma de garantir que sua escolha será feita com segurança, previsibilidade e amparo legal.

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