
O CRB venceu. Mas não convenceu. E ainda assim, talvez esse tenha sido o ponto mais importante da tarde de domingo no Rei Pelé.
O primeiro tempo foi equilibrado, com chances dos dois lados, mas o último lance resumiu o roteiro da partida: Diego Gonçalves, cara a cara, bateu forte... e Matheus Albino defendeu. Salvou ali —e seguiria salvando depois.
📌 Movimento tático:

Eduardo Baptista, no seu segundo jogo à frente do Tigre, tentou ajustar a saída de bola fazendo Zé Gabriel, volante que também atua de zagueiro pelo lado esquerdo, saltar para a linha de volantes e travar as investidas de Kalyel no meio. A ideia era ganhar densidade central, mas o CRB leu rápido. Douglas Baggio se posicionava entre o lateral e o zagueiro adversário, gerando dúvidas e aproveitando o corredor. O Criciúma demorou cerca de 20 minutos para ajustar esse encaixe e reequilibrar a marcação.
No apito final da etapa, surgiram algumas vaias. Mas também veio o grito: “Vamos ganhar, Galo!” Um dopping psicológico que embalou o time na volta do intervalo. Barroca, na coletiva, reconheceu o papel do torcedor.
Breno sentiu o adutor e deu lugar a Mikael. Mas o centroavante está visivelmente fora de forma, não pressiona, não recompõe — e virou peça nula. Já Eduardo Batista respondeu com mais agressividade: Marcinho saiu pra entrada de Léo Alaba, e Popó deu lugar a Thalisson, com Neto Pessoa como referência. O Tigre cresceu.
Só que foi o CRB quem marcou. Weverton, boa surpresa, foi ao fundo e cruzou. Marcelo Benevenuto se atrapalhou e fez contra. Gol construído com insistência e aproveitamento da chance — algo que o Criciúma não teve.
Morelli, Trindade e Juninho passaram a comandar o meio. O CRB recuou. O VAR chamou, pênalti para o Tigre. Marcelo Hermes bateu, Albino defendeu. Minutos depois, Morelli acertou um chute que explodiu no travessão após novo milagre do goleiro alagoano. Foi o nome do jogo, disparado.

No fim, Segovia resumiu: “Hoje não jogamos tão bem, mas vencemos. E era isso que importava.”
O CRB volta ao G-4. Silencia parte das dúvidas. E mira um novo foco: o Santos. Sim, o Santos de Neymar. O símbolo da elite do futebol nacional no duelo pela Copa do Brasil.