
O CSA conquistou uma vitória crucial contra o Barcelona de Ilhéus por 1x0, no Estádio Rei Pelé, garantindo a classificação para a fase seguinte da seletiva da Copa do Nordeste. O gol decisivo veio aos 16 minutos do primeiro tempo, com Guilherme Cachoeira aproveitando um passe no espaço entrelinhas de Buga para balançar as redes com uma finalização cruzada. Apesar do resultado, o jogo trouxe lições importantes para o time alagoano, especialmente no que diz respeito à eficiência ofensiva.
Análise tática: bloco alto e pressão na saída de bola

O técnico Higo Magalhães apostou em uma estratégia de bloco alto, buscando sufocar a saída de bola do adversário e criar oportunidades rápidas nos primeiros 20 minutos. Jogar com bloco alto implica pressionar o portador da bola e reduzir os espaços, mas deixa vulnerável a linha defensiva, exigindo ajustes táticos e físicos constantes.
Nos minutos iniciais, a estratégia do CSA foi impecável. A equipe alagoana finalizou seis vezes, acertou a trave, teve um gol anulado por impedimento e abriu o placar dentro do planejado. O posicionamento ofensivo, com Igor Bahia criando tabelas e flutuações pelo meio, gerava dúvidas nos laterais adversários. Essa dinâmica abria espaços tanto para Roberto nas ultrapassagens quanto para jogadas internas. O detalhe que o CSA atrai os volantes adversários gerando um espaço na frente dos zagueiros que os extremos Cachoeira e Gustavinho flutuavam com muita liberdade.
O plano funcionou, mas a execução ofensiva preocupou
Apesar da pressão inicial, o CSA falhou em ampliar o placar. A ansiedade de Igor Bahia, que buscava seu gol, foi evidente, e as finalizações não refletiram o volume de chances criadas. O placar magro manteve o Barcelona de Ilhéus vivo na partida, levando o clichê “quem não faz, leva” a quase se concretizar nos acréscimos.
No segundo tempo, Higo Magalhães substituiu Roberto, desgastado após uma virose, por Enzo, que trouxe intensidade ao apoio. Já o técnico Sérgio Araújo do Barcelona buscou explorar a linha alta do CSA com o jovem Manoel, mas encontrou uma defesa sólida comandada por Biazus e Betão. É importante destacar que, desde o início do planejamento para 2025, o CSA não sofreu gols, mostrando consistência defensiva.
Destaques e lições para o futuro

O CSA teve momentos de domínio absoluto, mas precisa corrigir a ineficiência ofensiva para consolidar sua superioridade nos próximos confrontos. Guilherme Cachoeira, autor do gol, foi decisivo, enquanto Georgemy fez uma defesa crucial nos minutos finais, salvando o time de um empate amargo.
O próximo desafio será contra o Maracanã-CE, na quarta-feira, às 20h, novamente no Rei Pelé. O CSA está próximo de garantir vaga na “Lampions League”, mas precisa alinhar desempenho e resultado para evitar sustos desnecessários.
A vitória mostrou a força tática do CSA, mas também deixou claro que há espaço para melhorias. O torcedor pode confiar na solidez defensiva, mas espera mais eficiência no ataque para seguir sonhando alto em 2025.