
“Mas o nível do Campeonato Alagoano é tão baixo assim?”
A pergunta veio de Dayrone, influenciador regatiano. E é legítima. Afinal, o CRB foi campeão, o ASA vice e o CSA terceiro — e os três seguem firmes nas competições nacionais. Dá até pra pensar: será que o Estadual foi subestimado?
A resposta é: o nível técnico é baixo, sim. Mas o erro está em achar que isso o torna inútil. O Estadual serve — e muito — como estágio de avaliação. Quem soube interpretar os sinais, acertou na sequência. Quem se iludiu com o resultado, correu risco.

CRB: ganhou, mas percebeu que precisava mais
Campeão pela quarta vez seguida, o CRB poderia ter acomodado. Mas o desempenho não convencia. Veio Eduardo Barroca, vieram críticas — e vieram mudanças cirúrgicas. A resposta está aí: o time performa melhor, disputa bem a Série B e segue vivo na Copa do Brasil.

ASA: perdeu, mas manteve
Pressão para mudanças não faltou. Só que a diretoria segurou o comando técnico de Ranielle Ribeiro, manteve a base vice-campeã, trouxe reforços pontuais (Will Viana, Toscano, Jailson) e colheu estabilidade. O ASA está invicto na Série D e joga com identidade.

CSA: pressionado, mas convicto
Nem título no Alagoano, nem na Copa Alagoas. Eliminações para ASA e CSE colocaram tudo em xeque. Atletas e comissão foram alvos. Mas Higo Magalhães ficou. E com ele vieram vitórias expressivas: classificação histórica na Copa do Brasil contra o Grêmio, bom desempenho na Copa do Nordeste, e um time que ainda busca sua melhor posição na Série C, mas mostra evolução.