
O CSA viveu uma noite amarga no Rei Pelé. Pela primeira vez na Série C, o Azulão sofreu duas derrotas consecutivas e viu sua invencibilidade em casa ruir novamente — desta vez diante de um Caxias que mostrou por que é o líder da competição.
Higo Magalhães apostou em novidade: Gabriel Vieira como meia/extremo pela direita, função que já foi de Bryann e Álvaro. A ideia era clara — gerar dúvida na marcação adversária, abrir o corredor para Felipe Albuquerque e apoiar o jogo por dentro com Luciano Naninho. A escolha preservou Baianinho como trunfo para o segundo tempo.
Do outro lado, Júnior Rocha foi direto: sem Vini Guedes (suspenso), escalou Lorran como volante, com Calyson de volta ao time titular e Douglas Skillo no banco.
O jogo começou com o Caxias pressionando alto. Camacho saiu jogando mal em tiro de meta, e Eduardo Melo forçou o erro que resultou no gol de Iago. Pouco depois, o próprio Eduardo ampliou de cabeça após escanteio de Tomas Bastos.

A arbitragem de Léo Simão Holanda (CE) foi de Série A: deixou o jogo correr, sem marcar faltas de pequeno contato. O CSA demorou a se adaptar, e Gabriel Vieira, novidade no time, sofreu com isso — dominando de costas, sem espaço, e perdendo confiança diante das vaias da torcida. Ainda assim, participou da jogada que iniciou a reação: Nicola achou Naninho, que serviu Camacho para um belo gol.
Mas o Caxias respondeu rápido. Em jogada de diagonal longa, Thiago Ennes cruzou na medida para Pedro Cuiabá, que aproveitou falha de Islan e fez 3x1. Higo reagiu ainda no primeiro tempo: tirou Gabriel e lançou Baianinho. A resposta foi imediata. Tiago Marques recebeu de Naninho e descontou: 3x2. O Rei Pelé pulsava.

Na volta do intervalo, Higo manteve o time. Já Júnior Rocha reforçou a defesa: tirou Lorran e colocou o zagueiro Alisson, formando um 5-4-1 sólido. O CSA teve chances com Cachoeira, Naninho e Tiago Marques, mas parou em noite inspirada do goleiro Thiago Coelho — o grande destaque da partida.
Mesmo com pressão até o fim, o Azulão não conseguiu furar o bloqueio grená. Vitória maiúscula do Caxias, que chega à 4ª vitória seguida e se junta ao Bahia como os únicos a vencer o CSA no Rei Pelé em 2025.

Destaques:
- Thiago Coelho: paredão grená, decisivo nas defesas
- Luciano Naninho: duas assistências e maestro do jogo apoiado por dentro
- Camacho: oscilou entre vilão e herói, mas deixou sua marca
📊 O duelo mostrou duas equipes com cara de Série B. Foram 48 minutos de futebol intenso, digno de divisão superior. O CSA precisa reagir rápido — e o Caxias, esse já joga como quem quer subir.

Derrotas doem. Mas algumas ensinam mais do que vitórias acomodadas.
Num mês de decisões importantes e confrontos pesados, tropeços como o de ontem podem afiar a equipe para o que realmente importa: crescer na hora certa.