
A vaga do ASA na final do Campeonato Alagoano 2025 veio em um roteiro dramático. No tempo normal, derrota por 1 a 0 diante do CSA, com um gol de Robinho no segundo tempo. Nos pênaltis, porém, brilhou a estrela do goleiro Matheus Vinícius, que defendeu três cobranças e garantiu a classificação alvinegra para mais uma decisão.
A partida no Rei Pelé foi marcada por ajustes táticos, mudanças estratégicas e momentos de alta intensidade, mostrando o embate entre dois treinadores que tentaram extrair o máximo de suas equipes.
Primeiro Tempo: ASA Mais Perigoso e Estratégia de Ranielle

Ranielle Ribeiro manteve a estrutura do ASA, repetindo a escalação, mas promovendo a entrada de Zé Artur no lugar de Tiago Alagoano. A mudança trouxe um time com menos experiência, mas mais intensidade pelo lado esquerdo. Já o CSA, sob comando de Higo Magalhães, abriu mão do trio de volantes e apostou em uma formação com dois homens no meio (Vander e Camacho), além da entrada de Álvaro no lugar de Nicola.
O ASA entrou melhor, conseguindo neutralizar o plano de jogo do CSA. Ranielle preparou sua equipe para não cair na armadilha de atração pelo centro, estratégia azulina que buscava liberar os corredores para os laterais avançarem. A linha defensiva alvinegra respondeu bem, limitando as investidas do CSA, que ainda sofreu um baque com a lesão de Igor Bahia. Tiago Marques entrou em seu lugar, mas o time da casa pouco produziu.
O ASA, por sua vez, conseguiu criar mais perigo. Zé Artur teve uma arrancada promissora, mas parou em Wanderson. Fabrício Bigode também assustou em chute venenoso, enquanto o CSA só teve sua melhor chance em lance de impedimento de Tiago Marques. O primeiro tempo terminou com o ASA melhor posicionado, mais compacto e com maior presença ofensiva.
Segundo Tempo: Higo Magalhães Muda o Jogo e o CSA Cresce

A segunda etapa trouxe o CSA mais agressivo e com uma nova proposta. Higo Magalhães mexeu na equipe ao tirar Álvaro e colocar Robinho. Em um primeiro momento, a entrada do atacante sugeria um 4-3-3 clássico, com Bryann mais centralizado e Cachoeira aberto na outra ponta. Mas a real intenção era transformar a formação em um 4-2-4 dinâmico, com Robinho pela esquerda, Cachoeira atuando como segundo atacante e Tiago Marques como referência.
A mudança surtiu efeito imediato. O CSA passou a ocupar o campo ofensivo e incendiou o jogo. O gol saiu aos 13 minutos, após um erro crucial de Tibiri, que entregou a bola para Cachoeira. O meia desviou e Tiago Marques fez a assistência para Robinho marcar.

O ASA sentiu o golpe, e o CSA seguiu pressionando. Higo manteve a intensidade do time e fez novas mudanças, trocando Bryann e Camacho por Nicola e Gustavinho. O Azulão encurralou o ASA e teve a bola do jogo nos pés de Cachoeira, que, após cruzamento rasteiro de Cedric, finalizou sem goleiro… e isolou.
ASA Resiste e Se Garante na Final nos Pênaltis

A reta final do jogo viu um ASA mais reativo, buscando segurar o resultado para levar a decisão aos pênaltis. A equipe se reorganizou, rejuvenesceu o elenco e conseguiu resistir à pressão imposta pelo CSA.
Na marca da cal, o ASA foi mais eficiente. Juan Xavier, Fabrício Bigode e Otávio converteram suas cobranças, enquanto Matheus Vinícius brilhou ao defender os chutes de Cachoeira, Tiago Marques e Gustavinho. O CSA, que parecia mais perto da vitória no tempo normal, sucumbiu na disputa dos tiros livres.

A classificação do ASA foi fruto de um primeiro tempo bem planejado, uma defesa que soube resistir à pressão e um goleiro que decidiu nos pênaltis. Pelo quarto ano consecutivo, o Fantasma está na final do Campeonato Alagoano.