
A reta final do Campeonato Alagoano se aproxima, e se há um time que demonstrou regularidade e eficiência ao longo da competição, esse time é o da arbitragem local. Do início até as semifinais, as atuações foram seguras, garantindo que os jogos transcorressem sem interferências externas e com legitimidade nos resultados.
Costuma-se dizer que uma arbitragem bem-sucedida é aquela que passa despercebida, mas essa visão não reflete completamente o que se viu nos gramados de Alagoas. Pelo contrário, os árbitros apareceram no momento certo: quando foi necessário decidir corretamente e dissipar qualquer dúvida sobre a justiça das partidas. O trabalho da Comissão Estadual de Arbitragem (CEAF-AL) tem sido criterioso, valorizando a renovação e investindo na preparação física, técnica e emocional dos profissionais.
A arbitragem, mais do que nunca, está sob constante vigilância. Em um cenário onde as teorias sobre manipulação de resultados ganham espaço e a arbitragem se torna um alvo fácil para justificar insucessos, os árbitros precisam de ainda mais preparo para lidar com a pressão. Nesse aspecto, a CEAF-AL tem feito um trabalho sólido, proporcionando treinamentos, fortalecendo a comissão e garantindo que os profissionais estejam prontos para grandes desafios.

Mesmo com um quadro qualificado, a comissão nem precisou recorrer ao árbitro de maior destaque nacional, Dênis Ribeiro Serafim, nas semifinais do campeonato, o que demonstra a qualidade da nova safra de árbitros alagoanos. Com as finais se aproximando, a expectativa é de que a arbitragem local seja mantida nos jogos decisivos – um reconhecimento justo pelo desempenho impecável até aqui. Caso isso aconteça, a tendência natural seria que Dênis apitasse uma das partidas, enquanto a outra fosse disputada entre Márcio Santos, Rafael Salgueiro e Wiomar Santana, consolidando a ascensão de novos talentos.
No último jogo, uma declaração do presidente do ASA, Rogério Siqueira, reforçou a confiança na arbitragem local. Questionado pelo repórter Matheus Guimarães sobre a possibilidade de solicitar árbitros de fora para as finais, Siqueira foi direto: “Claro que vou reunir com a diretoria, mas tenho que ressaltar que da arbitragem não tenho do que me queixar! Creio que não será necessário.”

O respaldo dos dirigentes, somado à evolução técnica dos árbitros, reforça o excelente momento da arbitragem alagoana. A Federação Alagoana de Futebol (FAF) também tem sido uma aliada importante, investindo em estrutura, capacitação e tecnologia. A implementação do VAR nas fases decisivas é um exemplo claro desse avanço, ampliando as condições para decisões mais justas dentro de campo.
Que a festa das finais seja completa, e que a arbitragem continue sendo parte essencial do espetáculo, garantindo que o jogo seja decidido por quem realmente deve decidir: os jogadores.
Parabéns aos árbitros alagoanos pelo excelente trabalho!