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HOME > blogs > BLOG DO MARLON
Polêmica gira em torno dos dois tipos de gramados

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Blog do Marlon

A polêmica dos gramados sintéticos: quando quem joga fala, é preciso ouvir




			
				A polêmica dos gramados sintéticos: quando quem joga fala, é preciso ouvir
Polêmica gira em torno dos dois tipos de gramados. Marlon Araújo

Estamos em um momento curioso no futebol, onde uma das discussões mais acaloradas tem como tema um simples, mas crucial, elemento do jogo: o gramado. A questão dos gramados sintéticos que, ao longo dos anos, tem sido cada vez mais debatida, agora ganha novos capítulos que não podem ser ignorados. E, ao meu ver, uma das questões mais urgentes neste debate é a voz daqueles que estão no campo, os artistas do espetáculo — os jogadores.

É claro que todo argumento que envolve custo sempre encontra eco. O gramado sintético, com sua manutenção bem mais em conta do que o natural, acaba sendo visto como uma solução para clubes que precisam equilibrar as finanças e, ao mesmo tempo, oferecer condições de jogo adequadas. A questão é que, por mais pragmático que seja o argumento financeiro, há algo que não pode ser desconsiderado: quem joga o jogo, quem vive o dia a dia da bola, está dizendo um sonoro não.

Parte da imprensa tem defendido que, quando o campo natural está ruim, o sintético acaba sendo uma alternativa mais segura. Mas o que os defensores do sintético esquecem é que a verdadeira avaliação do jogo vem de quem o pratica. Quando o atleta diz que não se sente confortável, ou pior, que o gramado sintético pode aumentar o risco de lesões, estamos diante de algo muito mais do que uma simples preferência de jogador.

Há quem diga que não há estudos científicos concretos comprovando que o gramado sintético realmente aumenta o número de lesões, mas a verdade é que a ciência ainda está a caminho de respostas definitivas. O que temos, por enquanto, são experiências de quem joga, e essas vozes são incontestáveis. Mais do que isso, em alguns lugares, como na Holanda, já existem estudos que alertam para o uso de produtos químicos nos gramados sintéticos, com potenciais riscos à saúde, incluindo até mesmo o risco de câncer. Claro que isso ainda está em discussão, mas é impossível ignorar que a diferença entre o natural e o sintético é gigantesca, e não é só de estética.

O sintético, sim, é mais prático. Em termos de custo-benefício, ele é mais acessível e não exige o trabalho constante de recuperação que o gramado natural demanda. Mas será que todo esse custo reduzido vale o impacto na experiência do jogador? Não estamos falando apenas de conforto, mas de segurança. E, quando falamos em segurança, é preciso lembrar que são os jogadores que vivem na pele as consequências dessas escolhas. Porque, no final das contas, é a integridade do jogador que garante o espetáculo. E, sem ele, todo o resto perde o sentido.

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