Na entrevista concedida à Veja, na semana passada, o generalLuiz EduardoRamos, ministro-chefe do Gabinete Institucional, rechaçou a ameaça de golpe, mas deixou claro que não admitirá que se estique a corda".
Não se sabe o que o general define como "esticar a corda", mas, com o silêncio sepulcral diante das criminosas manifestações do final de semana, fica a dúvida: "esticar a corda" para atacar o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional pode, né?
Também "esticar a corda" pedindo o golpe militar e defendendo a ditadura com o presidente Jair Bolsonaro, pode, né?
Atirar fogos de artifícios e fazer ameaças aos ministros do Supremo, também pode, né?
Se é assim, porque é assim que parece ser, estamos diante de uma velada ameaça à democracia, com a organização de um movimento subversivo nazifascista financiado por bolsonaristas - que se reúnem livremente quando querem e onde querem, para atacarem e ameaçarem quem não é bolsonarista.
Ou. mais precisamente, atacarem e ameaçarem o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, estimulados que são pelos próprios pronunciamentos do presidente atacando os dois poderes.
Ora, se isso tudo não é esticar e estourar a corda, então a advertência do generalRamosé seletiva e se aplica apenas aos que não apoiam o governoBolsonaro,ou seja, se aplica apenas à oposição. Tratar-se-á da máxima "aos amigos toda a proteção da lei e aos adversário os rigores da lei, sem proteção?"
É isso mesmo? Se não é, alvíssaras!