A história se repete como farsa ou tragédia, no caso atual do Brasil da eraBolsonaro, lamentavelmente a farsa ou a tragédia trazem as digitais do governo não apenas nos atestados de óbitos das mais de 575 mil pessoas mortas pela Covid, mas no esquema para desviar 1 bilhão e 600 milhões de reais para comprar vacina que jamais seria entregue.
Na CPI da Pandemia, nesta quarta-feira, 25, a farsa seguiu o roteiro do absurdo do boi voador, trocando-se o boi por um terreno, que "voou" do Paraná para São Paulo, para forjar a garantia do capital integralizado de um banco, que não é banco, mas que foi usado como agente avalisador de uma transação fraudulenta contra o erário federal.
Como a história se repete como farsa ou tragédia, temos que em 1644, diante da desconfiança da população pernambucano sobre a conclusão da obra de construção da ponte do Recife, sobre o rio Capiberibe,Maurício de Nassaulançou o desafio de fazer "o boi voar", caso não concluísse e inaugurasse a obra no prazo fixado.
Havia no Recife um boi que vagava solto pelas ruas, interagindo com os humanos, e subindo escadas. No dia da inauguração da ponte, com a plateia reunida para a solenidade e pagando ingresso para assistir o "milagre", levaram o boi a um palco, fizeram-no subir a escadaria e lá no alto, sem que o publico percebesse, trocaram-no por um boi empalhado, que foi precipitado no ar voando como se tivesse asas.
A cena foi rápida e o truque deixou a plateia estupefata, imaginando ter realmente visto o boi vadio das ruas do Recife, voando.
Claro que, em pleno século 21, mais precisamente em agosto de 2021, a história do boi voador não teria guarida, mas, pasmem, durante a CPI da Pandemia apresentaram a versão de um terreno avaliado em 5 bilhões de reais, que "voou" para São Paulo, graças a uma simples manobra digital sobre um documento fraudado.
Trata-se do caso de quando a história se repete ao mesmo tempo como farsa e tragédia, algo somente visto agora, no governoBolsonaro.