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Seca grave se intensifica e Alagoas registra a maior severidade desde 2019

Área com fenômeno mais agravado subiu de 32% para 35% no território alagoano


			
				Seca grave se intensifica e Alagoas registra a maior severidade desde 2019
Seca grave se intensifica e Alagoas registra a maior severidade desde 2019. Gazeta de Alagoas/arquivo

Diferente do cenário observado na maioria dos estados da Federação, a seca se intensificou em Alagoas entre novembro e dezembro do ano passado. Aqui, a área com seca grave subiu de 32% para 35% neste período.

Dados do Monitor da Seca, divulgados pelo Governo Federal nessa sexta-feira (24), mostram que esta é a maior severidade do fenômeno no território alagoano desde maio de 2019, quando houve seca grave em 40% do estado.

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O mapa ainda revelou que, entre novembro e dezembro, a área com seca em Alagoas se manteve em 100% de seu território. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por dois meses consecutivos desde o período entre janeiro e fevereiro de 2021.

No Brasil, a seca ficou mais branda e a área com o fenômeno se manteve estável, conforme a última atualização do Monitor de Secas. O fenômeno se abrandou no Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. Já o Nordeste foi a única região a registrar intensificação da seca no fim de 2024.

Segundo a última atualização, houve um abrandamento da seca em 14 unidades da Federação: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. No sentido oposto, em oito estados nordestinos a seca se intensificou nesse período: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Já em outras cinco unidades da Federação, o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Amapá, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.

Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul teve a condição mais branda do fenômeno em dezembro, enquanto o Norte teve a situação mais severa, registrando seca excepcional – a mais intensa na escala do Monitor. Entre novembro e dezembro, houve um abrandamento em quatro regiões: Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul.

A exceção foi o Nordeste, onde o fenômeno se intensificou nesse período. Considerando a extensão da área com seca, houve redução do fenômeno no Sudeste e no Sul. Tanto no Nordeste quanto no Norte a área com seca teve um aumento. Já o Centro-Oeste seguiu com seca na totalidade de seu território.

Na comparação entre novembro e dezembro, três estados registraram o aumento da área com seca: Bahia, Rio Grande do Sul e Roraima. No sentido oposto, o Monitor verificou a diminuição da área com o fenômeno em outros cinco estados: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Já em outras 19 unidades da Federação a área com seca se manteve estável: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Dezessete unidades da Federação registraram seca em 100% do território em dezembro deste ano: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Nas demais unidades da Federação, os percentuais variaram de 26% a 99%.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de dezembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre novembro e dezembro, a área com o fenômeno se manteve no patamar de 7,85 milhões de km², o equivalente a 92% do território brasileiro.

Monitor

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.

Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.

Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

*com ANA

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