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Aquecimento dos oceanos ameaça biodiversidade marinha em Alagoas

Desde 2022, há uma tendência de aumento significativo da temperatura com valores acima de 29 °C


			
				Aquecimento dos oceanos ameaça biodiversidade marinha em Alagoas
Aumento de temperaturas no oceano em AL está causando o branqueamento dos corais. Foto: Pedro Pereira

Em meio às águas azuis e serenas do litoral alagoano, se esconde uma ameaça silenciosa: o aumento da temperatura nos oceanos que, impulsionado pelo aquecimento global, está provocando mudanças alarmantes. As águas estão aquecendo, e a vida marinha pagando o preço. Nesta reportagem especial, mergulhamos nesse tema para entender os impactos do aquecimento do mar e como ele ameaça o equilíbrio do ecossistema marinho.

Pesquisas apontam que, nos últimos 50 anos, o oceano absorveu cerca de 90% do calor atmosférico devido ao aumento das concentrações de gases com efeito de estufa. Como consequência, aqueceu 0,11 °C a cada década.

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No caso de Alagoas, onde as médias climatológicas de temperatura do oceano variam entre 25,5ªC e 28,1 °C, dependendo do mês ao longo do ano, já é possível observar tendências de elevação nos últimos anos com temperaturas acima da média. Dados obtidos dentro do programa NOAA Coral Reef Watch (CRW) indicam que, desde de 2022, há uma tendência de aumento significativo da temperatura com valores acima de 29 °C e, mais recentemente, entre março e abril de 2024, observou-se temperaturas acima dos 30 °C.

Para o professor Geórgenes Cavalcante, do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o mais preocupante desses dados é que as altas temperaturas permaneceram durante vários dias ao longo dos últimos dois meses, o que pode estar trazendo consequências graves para os ecossistemas marinhos do estado de Alagoas, principalmente os recifes de corais.

“O aumento da temperatura dos oceanos tem impactos significativos sobre a vida marinha, afetando diferentes espécies de maneiras variadas. Dentre elas, os corais, são particularmente sensíveis podendo esta causar o seu branqueamento, um fenômeno no qual os corais expulsam as algas simbiontes que lhes dão cor e nutrientes. Isso enfraquece os corais e pode levar à morte em larga escala e perda total de recifes de coral. Isto acontece quando o coral é sujeito à temperaturas elevadas normalmente acima de 29 °C durante vários dias”, comentou Cavalcante.


			
				Aquecimento dos oceanos ameaça biodiversidade marinha em Alagoas
Corais sofrem com branqueamento no litoral de Alagoas. Foto: Pedro Pereira

Monitoramento

O Projeto Conservação Recifal (PCR) tem feito o monitoramento em várias regiões dos litorais de Alagoas e Pernambuco através de sensores de temperatura e, a partir dos dados iniciais, verificam, através de trabalho de campo, os locais afetados e fazem estudos através gráficos e análises.

“Os corais são altamente sensíveis a variações de temperatura. Então, são organismos que têm uma faixa de temperatura que eles vivem bem, que é de 25 a 28 graus, e qualquer alteração acima ou abaixo disso altera o metabolismo, a fisiologia desses corais e causa um processo de branqueamento, que faz com o que o coral fique debilitado e, se esse evento permanecer por muito tempo, ele pode morrer”, explica o coordenador do projeto, Pedro Pereira.

O pesquisador falou sobre a onda de calor no mundo. “O que a gente tem visto é a quarta maior onda de branqueamento da história do mundo causada pelo aumento da temperatura. E como os recifes de corais são ambientes altamente sensíveis a qualquer variação na temperatura afeta diretamente", analisou.

Desafios

Dentre os desafios apontados para entender o fenômeno está a falta de dados oceanográficos na região costeira de Alagoas, que poderiam ser viabilizados através de oportunidades de financiamento.

“Como geralmente temos acesso limitado a oportunidades de financiamento, além dos desafios estruturais e tecnológicos, temos cada vez mais que buscar esforços colaborativos mais fortes entre instituições nacionais e internacionais para melhor monitorar e trazer soluções de forma mais inclusiva, essenciais para a pesquisa de alta qualidade. Isso é uma barreira substancial para a formulação e implementação de estratégias eficazes de conservação e gerenciamento ambiental”, alertou o professor da Ufal.

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