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Alagoano que mora em Porto Alegre relata como é a vida em meio ao caos

Caio Lorena é jornalista, mudou-se para o RS em 2023 e diz estar assustado com toda a catástrofe


				
					Alagoano que mora em Porto Alegre relata como é a vida em meio ao caos
Rua em que Caio Lorena mora, em Porto Alegre, tem sistema anti-enchentes, mas ele não foi suficiente. ARQUIVO PESSOAL

Em meio à tragédia de chuvas e inundações no Rio Grande do Sul, uma das maiores catástrofes causadas por tempestades da história do Brasil, o alagoano Caio Lorena, jornalista de 31 anos, compartilha sua experiência em Porto Alegre após ter sido obrigado a deixar sua residência. Em uma entrevista à Gazeta de Alagoas, ele relata que, embora esteja no estado há 10 meses, nunca havia testemunhado uma calamidade semelhante à enchente que afetou a capital e outros 416 municípios gaúchos.

“Situação parecida como essa eu não tinha visto ainda desde que eu vim morar aqui, em junho do ano passado. Já teve episódio de ciclone, que causou muitos transtornos. Em setembro, teve a super enchente do Vale do Taquari, que afetou municípios e acabou destruindo grande parte deles, como Muçum, Roca Sales, danos em Lajeado também, Estrela e Encantado. Mas nada como dessa vez”, descreve.

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O jornalista relembrou os temporais que atingiram Porto Alegre em janeiro deste ano, chegando a causar interrupções no fornecimento de energia elétrica por três dias. No entanto, a atual catástrofe superou todas as anteriores, afetando uma grande área do RS, incluindo Porto Alegre.

“A gente chegou a ficar três dias sem energia elétrica. Só que esse evento de maio, foi o pior de todos. Ele afetou uma área gigantesca do estado, chegando inclusive a capital e região metropolitana daqui”, completou.

Para ilustrar a gravidade dos estragos, Caio faz uma comparação com sua terra natal, explicando que Canoas, cidade vizinha de Porto Alegre, possui uma população maior do que qualquer outra cidade em Alagoas. “Seria como se fosse Rio Largo, o município mais populoso da região metropolitana talvez. Canoas tem 350 mil habitantes, isso é maior que qualquer cidade de Alagoas, muito maior do que Arapiraca, por exemplo”, explica.

Embora sua casa não tenha sido invadida pela água, Caio relata que a rua que mora foi gravemente afetada. Ele diz que Porto Alegre tem um sistema anti-enchentes formado por diques e comportas, criado nos anos 1970, porém, ele não foi suficiente devido à alta velocidade com que as águas subiram nos últimos dias.

Com o sistema da cidade falhando em alguns pontos críticos, o jornalista mencionou que a área onde reside foi invadida pela água que chegava a retornar pelos bueiros, demonstrando que a calamidade afetou até mesmo as galerias subterrâneas.

A prefeitura de Porto Alegre emitiu um alerta duas horas após a interrupção do funcionamento das casas de bombas, quando já se podia perceber que estava saindo água em um volume considerável pelos bueiros. Diante desse risco iminente, Caio decidiu deixar sua casa o mais rápido possível.

“Mesmo que a água ainda não tivesse chegado num nível considerável, na minha rua eu percebi que a situação iria piorar e decidi sair de casa com tranquilidade o quanto antes. Na situação mais crítica que eu estava lá, tive interrupção de energia ”, expôs.

Após sair de casa, Caio ficou no apartamento de um casal de amigos, de segunda até quinta-feira pela manhã, já no período da tarde foi para um apartamento no litoral gaúcho, cedido por uma família de amigos. Nesse momento, ele está trabalhando remotamente.

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