A Polícia Federal em Alagoas (PFAL) deflagrou, nesta sexta-feira (4), a Operação Nuremberg, com o objetivo de combater a apologia ao nazismo e o racismo praticado em ambiente virtual.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Maceió, na residência de um suspeito identificado como o responsável por manter um perfil anônimo em uma rede social com conteúdos racistas e enaltecimento ao regime nazista.
Leia também
As investigações começaram no início de 2025, quando a PF detectou postagens que exibiam símbolos nazistas e mensagens de exaltação ao regime de Hitler. Através de técnicas avançadas de investigação cibernética, os agentes conseguiram rastrear a origem do perfil até um endereço na capital alagoana.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Superintendência da PF em Alagoas, que solicitou à Justiça Federal a expedição do mandado.
Durante o cumprimento da ordem judicial, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos e materiais físicos que teriam sido usados nas postagens criminosas. Os itens serão periciados para aprofundar as investigações e confirmar o envolvimento do suspeito.
A legislação brasileira classifica a apologia ao nazismo como crime de racismo, conforme o artigo 20, §1º, da Lei 7.716/89, uma vez que promove discurso de ódio e discriminação contra minorias. Segundo a Constituição Federal, o racismo é crime inafiançável e imprescritível.
"Esse tipo de conteúdo pode instigar ações violentas fora da internet, principalmente por parte de jovens e adolescentes influenciados por esse discurso extremista", alerta a PF.
O crime, quando praticado por meio de redes sociais ou internet, prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa.
Nome da operação
O nome da operação, "Nuremberg", é uma referência à cidade alemã onde, entre 1945 e 1946, foram julgados os principais líderes nazistas por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
A Polícia Federal segue com a investigação para determinar a extensão da atividade criminosa e se há outros envolvidos.
*Com assessoria
App Gazeta
Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos
